sábado, 1 de março de 2014

Guiné-Bissau: Dinheiro para combater pobreza tem que deixar de ir "para os bolsos das elites”




A pobreza na Guiné-Bissau não vai acabar enquanto o dinheiro que devia ajudar a população continuar a ir para "os bolsos das elites", avisou hoje a relatora das Nações Unidas, Magdalena Sepúlveda, no final de uma visita ao país.

Aquela responsável avaliou desde segunda-feira as áreas da pobreza extrema e direitos humanos, a convite do Governo de transição, no cumprimento das obrigações relativas à avaliação sobre a aplicação dos direitos humanos.

"Se o dinheiro destinado a construir o país e a ajudar as pessoas que vivem em pobreza vai para os bolsos das elites políticas e militares, nunca poderá reduzir-se a pobreza", destacou nas conclusões da visita, apresentadas em conferência de imprensa.

Segundo Magdalena Sepúlveda, "para que o país avance, é necessário que haja um compromisso sério por parte de todas as autoridades, para que se ponha fim de uma vez e para sempre a todos estes abusos que prejudicam a maioria da população".

Para a relatora das Nações Unidas, "a pobreza no país aumentou nos últimos anos", mais nas zonas rurais que nas zonas urbanas, sobretudo devido à instabilidade política.

A relatora das Nações Unidas pediu à Guiné-Bissau sinais sérios de mudança, sobretudo após as eleições gerais marcadas para 13 de abril, para ganhar novamente a confiança dos parceiros e investidores internacionais.

As eleições serão as primeiras após o golpe de Estado de abril de 2012.

O Fundo Monetário Internacional anunciou na última semana que a atividade económica na Guiné-Bissau continua a ser "severamente afetada" pelas consequências do golpe.

LFO // PJA – Lusa – foto António Amaral

1 comentário:

Anónimo disse...

pois é havia um homem corajoso que lutava contra a corrupçao e os nossos politicos e militares preferem derruba-lo tendo assim o campo livre para corrupçao e o trfico de tudo. Vai ser muito dificil a combater porque estao habituados.

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