quinta-feira, 27 de março de 2014

POLÍTICOS PORTUGUESES PAGOS CONFORME SUCESSO DOS SEUS DESEMPENHOS



Mário Motta, Lisboa

Os cidadãos portugueses não têm de se admirar nem indignar pela medida hoje anunciada em que o Valor das pensões vai ser ajustado à evolução da economia e demografia. Esta é uma decisão de um governo que transpira equidade. Em adágio usado em Portugal diz-se que não deves querer para os outros o que não queres para ti. Por isso mesmo este governo cumpre e respeita o adágio, assim como a equidade e todas as qualidades que é de enaltecer em cidadãos e dirigentes responsáveis, dotados de solidariedade e humanismo como Passos Coelho, seus colegas de governo, incluindo a caterva de boys e girls do CDS e do PSD que estão apensos ao governo como analistas, conselheiros ou nas diversas especialidades de penduras e crápulas imaginativos que num “dolce far niente” enchem as suas contas bancárias a expensas dos contribuintes, reformados famintos e moribundos, etc., etc. Seria injusto não mencionar aqui o presidente da República, Cavaco Silva e as suas elevadas qualidades na sôfrega desbunda que vem sendo o debulho hérculo que todos e mais alguns daquelas cores partidárias assumiram como seus objetivos para que Portugal esteja melhor mas os portugueses não – como dizem.

De acordo com o adágio e a referida equidade, porque o valor das pensões vai ser ajustado à evolução da economia e demografia, o governo chefiado por Passos, Portas e Cavaco (além do FMI, da UE e outros não eleitos a designar) tomaram a decisão – ainda secreta – de ajustar o valor das remunerações aos políticos portugueses conforme o sucesso do desempenho das suas políticas, do cumprimento das suas promessas eleitorais, da sua honestidade e transparência, na rejeição a legislarem de acordo com os lobies que representam, nas luvas, nas mordomias, conluios e nepotismos. Incluindo as nomeações lautas de cargos em empresas a quem fizeram favores e assim lhes “pagam” quase logo que deixam os seus ministérios e cargos nos poderes executivos ou outros às ilhargas.

Em conformidade com estas decisões equitativas (Passos cumpre e para Portas isto é irrevogável) os ajustamentos prevêem que ministros, primeiros-ministros e presidentes da República que violem o estipulado sofrerão ajustamentos nas suas remunerações, assim como deputados. Governam bem, têm bons desempenhos, então recebem o ordenado por inteiro. Governam mal, não cumprem os requesitos essenciais de governantes e o ajustamento cumpre-se na redução do que recebem por vencimento mensal. Se acaso forem muito estúpidos, bastante imbecis e prejudicarem o país e os portugueses com as suas decisões e desempenhos políticos terão ainda de pagar para desempenharem o cargo. Se reincidirem no mau desempenho calha-lhes a punição de irem acarinhar e tratarem as cagarras na ilha grande das Desertas, no meio do Oceano Atlântico. A permanência naquela ilha será estipulada de acordo com a gravidade dos incumprimentos apurados por comissão de cidadãos eleita equitativamente entre jovens, idosos, sem-abrigo, desempregados e outros portugueses que se encontrem na fossa económica em que Portugal se encontra.

Como se vê, a flutuação ou ajustamentos que vai caber aos políticos, é exemplar e muitissimo equitativa. Fonte melhor informada e que não se quis identificar adiantou que os deputados da maioria PSD/CDS já ameaçaram o primeiro-ministro Passos Coelho de fazerem uma manifestação de protesto (contra a medida) no edifício-sede do governo na Gomes Teixeira quando ocorrer uma reunião de ministros. Também Cavaco Silva se dispôs a participar na manifestação logo que soube que este novo diploma do governo (ainda secreto) contempla retroativamente todos os ministros e primeiros-ministros do passado, assim como restantes secretários de estado e apensos. Do largo do Rato o Partido Socialista fez saber que também participará na manifestação.

Pelo sim, pelo não, já quase todos os idos e atuais detentores dos poderes políticos ou seus nomeados (boys e girls), principalmente deputados, encomendaram o livro “Como acarinhar e tratar as cagarras na Deserta Grande”. Livro que já comecei a escrever, com consultoria e prefácio de Cavaco Silva – um especialista na matéria das cagarras daquelas paragens.

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