Mário Motta, Lisboa
Os cidadãos
portugueses não têm de se admirar nem indignar pela medida hoje anunciada em
que o Valor
das pensões vai ser ajustado à evolução da economia e demografia. Esta é
uma decisão de um governo que transpira equidade. Em adágio usado em Portugal
diz-se que não deves querer para os outros o que não queres para ti. Por isso mesmo
este governo cumpre e respeita o adágio, assim como a equidade e todas as qualidades que é
de enaltecer em cidadãos e dirigentes responsáveis, dotados de solidariedade e
humanismo como Passos Coelho, seus colegas de governo, incluindo a caterva de
boys e girls do CDS e do PSD que estão apensos ao governo como analistas,
conselheiros ou nas diversas especialidades de penduras e crápulas imaginativos que num “dolce
far niente” enchem as suas contas bancárias a expensas dos contribuintes,
reformados famintos e moribundos, etc., etc. Seria injusto não mencionar aqui o
presidente da República, Cavaco Silva e as suas elevadas qualidades na sôfrega desbunda
que vem sendo o debulho hérculo que todos e mais alguns daquelas cores partidárias
assumiram como seus objetivos para que Portugal esteja melhor mas os
portugueses não – como dizem.
De acordo com o
adágio e a referida equidade, porque o valor das pensões vai ser ajustado à
evolução da economia e demografia, o governo chefiado por Passos, Portas e Cavaco
(além do FMI, da UE e outros não eleitos a designar) tomaram a decisão – ainda secreta
– de ajustar o valor das remunerações aos políticos portugueses conforme o
sucesso do desempenho das suas políticas, do cumprimento das suas promessas
eleitorais, da sua honestidade e transparência, na rejeição a legislarem de
acordo com os lobies que representam, nas luvas, nas mordomias, conluios e
nepotismos. Incluindo as nomeações lautas de cargos em empresas a quem fizeram
favores e assim lhes “pagam” quase logo que deixam os seus ministérios e cargos
nos poderes executivos ou outros às ilhargas.
Em conformidade com
estas decisões equitativas (Passos cumpre e para Portas isto é irrevogável) os ajustamentos prevêem que ministros,
primeiros-ministros e presidentes da República que violem o estipulado sofrerão
ajustamentos nas suas remunerações, assim como deputados. Governam bem, têm bons desempenhos, então
recebem o ordenado por inteiro. Governam mal, não cumprem os requesitos
essenciais de governantes e o ajustamento cumpre-se na redução do que recebem
por vencimento mensal. Se acaso forem muito estúpidos, bastante imbecis e
prejudicarem o país e os portugueses com as suas decisões e desempenhos políticos
terão ainda de pagar para desempenharem o cargo. Se reincidirem no mau
desempenho calha-lhes a punição de irem acarinhar e tratarem as cagarras na
ilha grande das Desertas, no meio do Oceano Atlântico. A permanência naquela
ilha será estipulada de acordo com a gravidade dos incumprimentos apurados por
comissão de cidadãos eleita equitativamente entre jovens, idosos, sem-abrigo,
desempregados e outros portugueses que se encontrem na fossa económica em que
Portugal se encontra.
Como se vê, a
flutuação ou ajustamentos que vai caber aos políticos, é exemplar e muitissimo
equitativa. Fonte melhor informada e que não se quis identificar adiantou que
os deputados da maioria PSD/CDS já ameaçaram o primeiro-ministro Passos Coelho
de fazerem uma manifestação de protesto (contra a medida) no edifício-sede do governo na Gomes Teixeira quando ocorrer uma reunião de ministros. Também Cavaco Silva se dispôs a participar na manifestação logo que
soube que este novo diploma do governo (ainda secreto) contempla
retroativamente todos os ministros e primeiros-ministros do passado, assim como
restantes secretários de estado e apensos. Do largo do Rato o Partido
Socialista fez saber que também participará na manifestação.
Pelo sim, pelo não,
já quase todos os idos e atuais detentores dos poderes políticos ou seus
nomeados (boys e girls), principalmente deputados, encomendaram o livro “Como
acarinhar e tratar as cagarras na Deserta Grande”. Livro que já comecei a escrever, com consultoria e prefácio de Cavaco Silva – um especialista na matéria das
cagarras daquelas paragens.
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