O primeiro-ministro
de Cabo Verde reconheceu hoje que um quarto da população é pobre, que o
desemprego é elevado (16,7%) e afeta sobretudo mulheres e jovens e que há
muitas desigualdades sociais.
Numa curta mensagem
gravada alusiva ao Dia da Mulher Cabo-Verdiana, que hoje se assinala no
arquipélago, José Maria Neves insistiu na ideia de que a data constitui uma
oportunidade para se refletir na forma como o país pode evoluir na igualdade e
equidade na sociedade local.
"Já fizemos
muito na redução da pobreza, baixámo-la de cerca de 50% para 25%, mas um quarto
da população ainda é pobre, o desemprego é elevado e há índices elevados de
desigualdades sociais", salientou o chefe do executivo cabo-verdiano, que
se encontra em Yamoussoukro (Costa do Marfim) para participar, sexta-feira e
sábado, na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da África Ocidental.
"Agora que
falamos em mais oportunidades, igualdades e equidade, temos de continuar a
trabalhar com muita energia para enfrentar com sucesso esses desafios e construirmos
uma sociedade mais justa, mais igual, mais inclusiva, com oportunidades para
todas as mulheres e para todos os homens", pediu.
"Temos de
continuar a trabalhar para enfrentar os desafios que se colocam atualmente à
sociedade cabo-verdiana, como a questão da pobreza e do desemprego, que atingem
sobretudo as mulheres e os jovens, as desigualdades sociais que corroem
qualquer sociedade", reiterou.
O Dia da Mulher
Cabo-Verdiana, cuja lema deste ano é a violência sexual, celebra-se em várias
cidades do país desde 1981, ano em que se fundou a Organização das Mulheres de
Cabo Verde (OMCV), que, desde então, tem combatido a violência contra a mulher.
A efeméride é
assinalada, ao fim da tarde, com uma marcha subordinada ao tema "Homem que
é Homem Não Bate na Mulher", promovida pela OMCV, que visa sensibilizar a
sociedade para a questão, bem como outras atividades de cariz cultural,
recreativo e desportivo.
Lusa, em Diário Digital
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