terça-feira, 8 de abril de 2014

Aumento do salário mínimo não pode ser moeda de troca para revisão da legislação laboral




Sindicato quer actualização do salário mínimo a partir de 1 de Junho

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, exigiu hoje ao Governo a atualização do salário mínimo nacional para os 515 euros, já a partir de 01 de junho deste ano.

“Não há razão nenhuma para que isso não aconteça [a 01 de junho]. O Governo diz que quer aumentar o salário mínimo nacional, a ‘troika' - composta pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia - vai-se embora, então o que é que falta? Nada”, afirmou Arménio Carlos.

O Secretário-geral da CGTP, que falava aos jornalistas após uma intervenção proferida junto ao Ministério da Solidariedade e do Emprego, na praça de Londres, em Lisboa, reforçou que a CGTP pretende a atualização do salário mínimo nacional para os 515 euros, já a partir de junho e não, em 2015.

Arménio Carlos lembrou que existem em Portugal mais de 400 mil trabalhadores a receber um salário mensal de 485 euros e que estes, nos últimos três anos, “perderam mais de 675 euros”.

O sindicalista avisou que a CGTP não vai aceitar que o aumento do salário mínimo nacional seja usado pelo Governo e pelas confederações patronais “como moeda de troca para uma revisão da legislação laboral”.

Arménio Carlos, que esta tarde encabeçou uma manifestação que reuniu mais de mil dirigentes e ativistas sindicais da CGTP rumo ao Ministério Trabalho, em Lisboa, para protestar contra as políticas laborais e sociais do Governo, instou ainda o Governo a “tirar da gaveta as propostas que preveem a revisão da legislação laboral” antes das eleições europeias de 25 de maio.

O protesto desta tarde serviu para exigir o aumento imediato do salário mínimo para 515 euros e o desbloqueio da contratação coletiva.

A defesa das Funções Sociais do Estado e dos serviços públicos, a melhoria da proteção social aos trabalhadores, aos desempregados e às famílias e o cumprimento da Constituição da República foram outros dos motivos que levaram à marcação da manifestação.

Lusa, em jornal i

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