quinta-feira, 17 de abril de 2014

Moçambique: FALTA DE SANEAMENTO MATA 15 MIL CRIANÇAS POR ANO




85% da população rural vivem em condições de saneamento deploráveis

A deficiente ou mesmo a falta de saneamento do meio em várias zonas do país é a principal causa de epidemias como cólera e outras doenças diarreicas responsáveis pela morte de cerca de 15 mil crianças por ano.

A chefe do departamento de epidemiologia no Ministério da Saúde (Misau), Lorna Gusmal, diz que a malária e a cólera continuam a ser um grande problema de saúde pública em Moçambique, porque as condições do meio em que vive grande parte da população são deploráveis, propiciando o desenvolvimento dos agentes causadores dessas doenças.

“Muitas das nossas epidemias estão associadas a um saneamento do meio deficiente. Falo concretamente de doenças diarreicas, cólera, que estão associadas a problemas da água, quer em quantidade, quer em qualidade”, descreveu aquela responsável, que também é bióloga e mestrada em epidemiologia.

O cenário é muito crítico nas zonas rurais, onde dados oficiais sugerem que apenas 15% da população têm acesso a um saneamento seguro. Nas cidades, estima-se que 43% da população é que vivem em condições de meio saudáveis.

Segundo especialistas em saúde pública, as crianças são as maiores vítimas, devido à grande exposição ao lixo, bem como às águas pluviais. Aliás, a água é considerada a principal via de propagação de doenças, em consequência do deficiente saneamento do meio, o que acaba deitando abaixo o grande investimento que o governo tem vindo a fazer, nos últimos anos, no sector de água, que resultou no aumento das taxas de cobertura nas zonas urbanas e nas cidades.

Ricardo Machava - O País (mz)

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1 comentário:

Anónimo disse...

Ogoverno esta aespera d nos todo morremos akem vai gorvenar

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