85% da população
rural vivem em condições de saneamento deploráveis
A deficiente ou
mesmo a falta de saneamento do meio em várias zonas do país é a principal causa
de epidemias como cólera e outras doenças diarreicas responsáveis pela morte de
cerca de 15 mil crianças por ano.
A chefe do
departamento de epidemiologia no Ministério da Saúde (Misau), Lorna Gusmal, diz
que a malária e a cólera continuam a ser um grande problema de saúde pública em
Moçambique, porque as condições do meio em que vive grande parte da população
são deploráveis, propiciando o desenvolvimento dos agentes causadores dessas
doenças.
“Muitas das nossas
epidemias estão associadas a um saneamento do meio deficiente. Falo
concretamente de doenças diarreicas, cólera, que estão associadas a problemas
da água, quer em quantidade, quer em qualidade”, descreveu aquela responsável,
que também é bióloga e mestrada em epidemiologia.
O cenário é muito
crítico nas zonas rurais, onde dados oficiais sugerem que apenas 15% da população
têm acesso a um saneamento seguro. Nas cidades, estima-se que 43% da população
é que vivem em condições de meio saudáveis.
Segundo
especialistas em saúde pública, as crianças são as maiores vítimas, devido à
grande exposição ao lixo, bem como às águas pluviais. Aliás, a água é
considerada a principal via de propagação de doenças, em consequência do
deficiente saneamento do meio, o que acaba deitando abaixo o grande
investimento que o governo tem vindo a fazer, nos últimos anos, no sector de
água, que resultou no aumento das taxas de cobertura nas zonas urbanas e nas
cidades.
Ricardo Machava - O País (mz)
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1 comentário:
Ogoverno esta aespera d nos todo morremos akem vai gorvenar
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