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O
secretário-geral do PS anunciou hoje que não se demite do cargo, mas defendeu a
realização de primárias abertas a simpatizantes para escolher o candidato
socialista a primeiro-ministro.
António
José Seguro assumiu esta posição na parte final da sua intervenção perante a
Comissão Nacional do PS, num discurso em que deixou fortes críticas à corrente
que contesta a sua liderança.
O
líder socialista disse que marcará ainda esta semana uma reunião da Comissão
Política do seu partido para dar início a um processo de revisão dos estatutos
no sentido de permitir que a escolha do candidato socialista a
primeiro-ministro se faça através de eleições primárias, tal como aconteceu
recentemente em França.
As
eleições primárias, frisou António José Seguro, citado por fonte oficial da
direção do PS, serão abertas a simpatizantes, além dos militantes do partido.
Esta
ideia de defender eleições primárias para a escolha do candidato do PS a
primeiro-ministro foi primeiro proposta por Francisco Assis, em 2011, tendo
sido retomada em 2013 por um grupo liderado pelo ex-secretário de Estado João
Tiago Silveira.
Nessas
duas vezes, a maioria dos socialistas rejeitou esse modelo inspirado no modelo
político norte-americano.
António
José Seguro referiu ainda que, em breve, vão realizar-se eleições nas
federações, que constituem a cúpula política distrital no sistema de
organização dos socialistas.
Na
sua intervenção, perante a Comissão Nacional do PS, António José Seguro, citado
por fonte oficial socialista, criticou a corrente ligada ao presidente da
Câmara de Lisboa, António Costa, que lhe está a disputar a liderança, alegando
que «abre um grave precedente» no partido.
António
José Seguro considerou que, ao longo dos seus quase três anos de liderança,
houve sempre internamente «um movimento oculto e invisível».
«A
partir de agora, acabou a hipocrisia. Quero deixar bem claro que não me
demito», frisou o secretário-geral do PS, citado pela mesma fonte deste partido.
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