O
recenseamento da população em Angola terminou oficialmente ao final do dia de
sábado com 99 por cento das residências cobertas, mantendo-se a operação ativa
para recolher os últimos dados, nomeadamente em seis municípios do país.
Em
causa estão residências nas quais os recenseadores não conseguiram contactar
com os agregados familiares, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE)
angolano, em conferência de imprensa realizada para assinalar o fim da operação
oficial.
De
acordo com o diretor-geral do INE, Camilo Ceita, o atraso verifica-se nos
municípios de Viana e Cacuaco (província de Luanda), Benguela e Lobito
(Benguela) e Chitato e Lucapa (Lunda Norte), o equivalente a cerca de 1% das
casas a recensear.
"Como
devem imaginar 500 habitações num universo de um pouco mais de cinco milhões,
portanto podemos considerar que o nosso objetivo foi atingido", afirmou,
durante a conferência de imprensa, Camilo Ceita.
Além
disso, explicou, a linha telefónica de apoio ao processo vai permanecer ativa
por mais sete dias para permitir recensear "aqueles que, por uma ou outra
razão, ainda não tenham sido recenseados poderem fazê-lo".
"Teremos
equipas móveis que poderão ocorrer para que este recenseamento possa ser de
facto efetivo", disse ainda, citado pela agência de notícias angolana Angop.
Nesta
altura está em curso a recolha dos sete milhões de questionários - um por
agregado familiar - distribuídos em todo o país, seguindo-se o seu tratamento
estatístico ao longo dos próximos meses.
O
censo geral da população e da habitação de Angola decorreu, em termos de
calendário oficial, entre 16 de maio e 31 de maio, envolvendo mais de cem mil
pessoas e todo o tipo de meios de transporte.
"Achamos
hoje que nos podemos orgulhar por ser a primeira vez que se realiza um ato como
este e por se ter de gerir, em pouco tempo, cerca de 105 mil pessoas nas
dimensões que o país possui", enfatizou Camilo Ceita.
A
última contagem da população angolana aconteceu há 44 anos, sendo esta a
primeira a realizar-se desde a independência do país e uma das operações mais
mobilizadoras da sociedade angolana desde o fim da guerra.
Estima-se
que a população angolana seja, na atualidade, superior a 21 milhões de pessoas.
Lusa,
Notícias ao Minuto
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