No tribunal dos EUA
Díli
- O Governo de Timor-Leste está pronto para apresentar no tribunal dos EUA a
declaração sobre o caso de fraude e conspiração que envolveu um ex-assessor,
detido pelo FBI recentemente, segundo avançou o vice-Primeiro-ministro Fernando
Lasama de Araújo.
Um
homem de Bergen County, Nova Jersey, que ia reentrar nos EUA depois de uma
viagem ao exterior, foi preso na passada quinta-feira no Aeroporto
Internacional de Newark, sob acusações de que terá orquestrado um esquema para
fraudar uma nação estrangeira em mais de 3,5 milhões de dólares.
A partir de Julho de 2010, Bobby Boye trabalhou como assessor jurídico internacional para a nação, que é referida na denúncia como «País A», disse a acusação.
«Boye serviu numa comissão de três membros responsáveis pela revisão e avaliação das propostas, solicitou em Fevereiro de 2012 um contrato de vários milhões de dólares, para prestar aconselhamento jurídico e de contabilidade fiscal a Timor-Leste».
Bobby Boye foi acusado de enganar representantes de Timor-Leste para a adjudicação do contrato lucrativo para a empresa «Opus & Best Services LLC», uma empresa falsa de Nova Iorque que, sem o conhecimento de Timor-Leste, foi secretamente controlado por Boye.
A alegação do Ministério Público dos EUA disse que, a 17 de Março de 2012, Boye alegadamente enviou por e-mail uma proposta da «Opus & Best» para o contrato com Timor-Leste.
Os documentos de licitação, que alegadamente foram da autoria de Boye e de um conspirador, continham várias imprecisões e omissões relevantes, incluindo uma falsa alegação de que a «Opus & Best» foi fundada em 1985, quando na verdade não tinha sido fundada até ao final de Março de 2012. Também uma lista fraudulenta de vários funcionários pretendidos pela «Opus & Best», que foram descritos na proposta como um «talento de primeira classe de advogados, comerciais e economistas».
«Não houve registo de pessoas com esses nomes a serem admitidas para a função de advocaciaem Nova
Iorque ou Nova Jersey, nem de profissionais de contacto, e
havia uma falsa representação de que a empresa não tinha conflitos de
interesses. Boye era, ao mesmo tempo, o único membro da ´Opus & Best´ e
membro da Comissão de Revisão das propostas. Também é apontada uma referência
ao trabalho de consultoria, antes supostamente realizada para outro país
estrangeiro quando aquele país nunca tinha concedido qualquer tipo de contrato
de serviços de consultoria à empresa, e uma falsa representação de que não
houve terceiros beneficiários do contrato proposto entre a ´Opus & Best´ e
Timor-Leste, quando o próprio Boye foi um terceiro beneficiário não revelado,
dada a sua alegada intenção oculta de se apropriar indevidamente do contrato
para seu próprio benefício».
Sem saber que a «Opus & Best» era uma empresa simulada, e contando com a recomendação de Boye, o país procedeu à adjudicação do contrato em Junho de 2012. Segundo os termos do contrato de consultoria, Boye foi um dos dois coordenadores do projecto, que agiram em nome de Timor-Leste e tinham autoridade para receber e aprovar as facturas para pagamento.
Entre Junho e Dezembro de 2012, Timor-Leste pagou mais de 3,5 milhões de dólares à empresa fictícia e à conta corrente de negócios da «Best New York», que foi controlado por Boye.
O suspeito usou o dinheiro para comprar quatro propriedadesem Nova Jersey , mais de
1,5 milhões de dólares, três veículos de luxo, nomeadamente um Bentley de 172
mil dólares, um Range Rover de 100.983 dólares, e um Rolls Royce de 215 mil
dólares, bem como dois relógios no valor de 20.000 dólares, disse a acusação.
A acusações de fraude que Boye enfrenta acarreta uma possível pena de 20 anos de prisão e uma multa até 250.000 dólares, ou o dobro do ganho ou perda do delito.
O vice-Primeiro-ministro Lasama de Araújo disse que o seu Governo teve a confirmação sobre a prisão do suspeito, e que o país está pronto para preparar a testemunha do julgamento. Fernando Lasama disse esperar que Boye devolva o dinheiro.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres, disse que Boye foi assessor para o Ministério das Finanças entre 2010 e 2012.
Timor-Leste recomendou ao Governo dos EUA sobre a prisão, para resolver o problema depois que se descobriu a manipulação.
A partir de Julho de 2010, Bobby Boye trabalhou como assessor jurídico internacional para a nação, que é referida na denúncia como «País A», disse a acusação.
«Boye serviu numa comissão de três membros responsáveis pela revisão e avaliação das propostas, solicitou em Fevereiro de 2012 um contrato de vários milhões de dólares, para prestar aconselhamento jurídico e de contabilidade fiscal a Timor-Leste».
Bobby Boye foi acusado de enganar representantes de Timor-Leste para a adjudicação do contrato lucrativo para a empresa «Opus & Best Services LLC», uma empresa falsa de Nova Iorque que, sem o conhecimento de Timor-Leste, foi secretamente controlado por Boye.
A alegação do Ministério Público dos EUA disse que, a 17 de Março de 2012, Boye alegadamente enviou por e-mail uma proposta da «Opus & Best» para o contrato com Timor-Leste.
Os documentos de licitação, que alegadamente foram da autoria de Boye e de um conspirador, continham várias imprecisões e omissões relevantes, incluindo uma falsa alegação de que a «Opus & Best» foi fundada em 1985, quando na verdade não tinha sido fundada até ao final de Março de 2012. Também uma lista fraudulenta de vários funcionários pretendidos pela «Opus & Best», que foram descritos na proposta como um «talento de primeira classe de advogados, comerciais e economistas».
«Não houve registo de pessoas com esses nomes a serem admitidas para a função de advocacia
Sem saber que a «Opus & Best» era uma empresa simulada, e contando com a recomendação de Boye, o país procedeu à adjudicação do contrato em Junho de 2012. Segundo os termos do contrato de consultoria, Boye foi um dos dois coordenadores do projecto, que agiram em nome de Timor-Leste e tinham autoridade para receber e aprovar as facturas para pagamento.
Entre Junho e Dezembro de 2012, Timor-Leste pagou mais de 3,5 milhões de dólares à empresa fictícia e à conta corrente de negócios da «Best New York», que foi controlado por Boye.
O suspeito usou o dinheiro para comprar quatro propriedades
A acusações de fraude que Boye enfrenta acarreta uma possível pena de 20 anos de prisão e uma multa até 250.000 dólares, ou o dobro do ganho ou perda do delito.
O vice-Primeiro-ministro Lasama de Araújo disse que o seu Governo teve a confirmação sobre a prisão do suspeito, e que o país está pronto para preparar a testemunha do julgamento. Fernando Lasama disse esperar que Boye devolva o dinheiro.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres, disse que Boye foi assessor para o Ministério das Finanças entre 2010 e 2012.
Timor-Leste recomendou ao Governo dos EUA sobre a prisão, para resolver o problema depois que se descobriu a manipulação.
Timor
Digital - (c) PNN Portuguese News Network
Sem comentários:
Enviar um comentário