Folha
8, 02 agosto 2014
Banco
de Fomento Angola (BFA), controlado pelo português BPI, viu os resultados
operacionais do primeiro semestre crescerem cerca de 30%, face a 2013. O BFA
registou resultados de 152,7 milhões de dólares nos primeiros seis meses deste
ano, o que compara com os 119,2 milhões de dólares contabilizados entre
Janeiro e Junho de 2013.
“Nos
tempos que correm, somos um banco muito sólido, do ponto de vista financeiro”,
afirmou o presidente do Conselho Executivo do BFA, Emídio Pinheiro,
descrevendo que dentro grupo BPI o banco angolano é considerado como “a
fortaleza”.
O
banco angolano é detido em 50,1% pelo Banco Português de Investimento (BPI),
enquanto os restantes 49,9% estão nas mãos da Unitel.
“O
BFA já ultrapassou os nove mil milhões de dólares de activos, o que é muito
importante. Os depósitos estão a crescer em termos homólogos cerca de 15% e os
resultados do primeiro semestre cresceram também 30% face ao homólogo. São
indicadores muito impressionantes da dinâmica financeira do banco”, enfatizou
Emídio Pinheiro.
Com
mais de 1,2 milhões de clientes em Angola, cerca de 2.400 colaboradores e
considerado o segundo maior banco privado do país, onde opera há vinte anos, o
BFA conta com 180 balcões e lidera, por exemplo, no sector de mercado “Oil
& Gas”.
Para
melhor se compreender a razão pela qual o BFA é a fortaleza no contexto do
grupo importa, desde logo, ver que o BPI teve prejuízos semestrais de 106
milhões de euros, justificados pelo resultado da venda da carteira de dívida
pública portuguesa e italiana que gerou uma menos valia de 102 milhões de
euros.
O
presidente do BPI, Fernando Ulrich, lembra que três anos antes do prazo
acordado, o grupo saiu da alçada do Estado ao reembolsar a totalidade do
financiamento estatal, 1500 milhões de euros, dos quais 920 milhões foram
entregues nos primeiros seis meses deste ano.
Já
o rácio de transformação de depósitos em crédito é agora de 92%, abaixo do
limite máximo recomendado pelo Banco de Portugal, que é de 120%. Ou seja: o BPI
capta mais depósitos do que concede de empréstimos aos clientes (o que alivia
a pressão para o endividamento da instituição).
No
que respeita ao rácio de crédito em risco este é agora de 5,4%, enquanto o
custo do risco de crédito tombou (em termos homólogos anualizados) de 1,04%
para 0,72%. O nível de cobertura por imparidades situa-se em 83%.
O
BPI é 4º maior grupo bancário privado em Portugal e tem uma importante
presença no mercado nacional na actividade da banca comercial, gestão de
activos e banca de investimento. A nível internacional, tem uma relevante
posição em Angola, através do Banco de Fomento.
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