Cinema
à Séria - O
FILME
José
do Telhado rodado em 1945*, perigoso bandoleiro para alguns, bom homem para
outros, conhecido por repartidor publico, roubava aos ricos e distribuía uma
parte do roubo pelos pobres, foi preso e julgado no Marco de Canaveses,
condenado a degredo perpetuo em África, esteve preso na cadeia da relação do
Porto na mesma cela com Camilo Castelo Branco, morreu em Angola em 1875 com 57
anos, está sepultado em Xissa perto de Malange.
Realização
de Armando Miranda (VER FILME)
QUEM
FOI ZÉ DO TELHADO (Wikipédia)
Chefe
da quadrilha mais famosa do Marão, Zé do
Telhado é conhecido por "roubar aos ricos para dar aos pobres" e, por
isso, muitos o consideram o Robin
dos Bosques português.
De
origens rurais humildes, aos 14 anos foi viver com um seu tio, no lugar de Sobreira,
freguesia de Caíde de Rei, para aprender com ele o ofício de
castrador e tratador de animais.2 No
dia 3 de Fevereiro de 1845 casou-se com a sua prima Ana Lentina de Campos e da
qual teve cinco filhos.
Tinha
vasta experiência militar começada no quartel de Cavalaria 2, os Lanceiros da Rainha, e toma
parte contra o partido dos setembristas e
pela restauração da Carta Constitucional, no mês de julho de 1837.
Derrotado, refugia-se em Espanha.
Ao
regressar, grassava no país uma revolta larvar contra o governo anticlerical de Costa
Cabral e quando estala a Revolução da Maria da Fonte, a 23 de
março de 1846, vê-se
envolvido como um dos líder da insurreição. Coloca-se às ordens do General Sá da Bandeira, que também tinha
aderido. Assume o posto de sargento e distingue-se de tal forma na bravura e
qualidades militares que, na expedição a Valpaços,
recebe a Ordem
Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a mais alta condecoração
que ainda hoje vigora em
Portugal. No entanto, o seu «partido» entra em desgraça,
amontoa dívidas de impostos que não consegue pagar e é expulso das forças
armadas.
Já
como "Zé do Telhado", chefe bandoleiro, realiza um grande número de
assaltos por todo o Norte
de Portugal, durante um período muito conturbado que coincidiu com o pedido
de maior resistência de D. Miguel, no exílio com seu governo, aos seus
partidários miguelistas que tentaram formar grupos de guerrilha
em todo o país.
O
bandoleiro mais conhecido do país acaba por ser apanhado pelas autoridades em
31 de março de 1859 quando tentava fugir para o Brasil. Esteve
preso na Cadeia da Relação, onde conheceu Camilo Castelo Branco que se lhe refere
nas Memórias do Cárcere.3
Em
9 de dezembro de 1859 foi julgado e condenado ao degredo perpétuo na África Ocidental Portuguesa. Foi-lhe
comutada a pena aplicada na de 15 anos de degredo, em 28 de setembro de 1863. Viveu em Malanje, negociando em borracha, cera e marfim. Casou-se
com uma angolana, Conceição, de quem teve três filhos. Conhecido entre os
locais como o kimuezo – homem de barbas grandes –, viveu
desafogadamente. Faleceu aos 57 anos, vítima de varíola,
sendo sepultado na aldeia de Xissa, município de Mucari, a meia
centena de quilómetros de Malanje, sendo-lhe erguido um mausoléu, objeto de romagens.2
*Existe
outra versão de José do Telhado de 1929, realizado por Rino Lupo.
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