domingo, 14 de setembro de 2014

Brasil - Eleições: Lula diz à Marina que ela ‘pode chorar por outros motivos’, não por ele




Após uma cena em que a candidata Marina Silva (PSB/Rede Sustentabilidade) chorou na presença de um repórter, ao citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a repercussão não poderia ter sido mais negativa, após ouvir do líder petista que ela não precisa criar “inverdades” sobre ele para chorar. Em ato na Zona Leste de São Paulo, nesta manhã, ao lado do candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, Lula afirmou que Marina, sua ex-aliada, “pode chorar por outros motivos”.

Lula respondeu às declarações de Marina, que chorou ao ser questionada por um jornalista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo sobre a campanha eleitoral. A candidata disse não acreditar no que ele faz contra ela.

– Primeiro, dona Marina não precisa contar inverdades a meu respeito para chorar. (Ela) pode chorar por outros motivos. Nunca deixei de ter relação de amizade por desavenças políticas. Nunca falei mal de dona Marina e vou morrer sem falar mal dela – respondeu Lula.

Em comício organizado em cima de uma caminhão no bairro de Sapopemba, ao lado de políticos como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o senador Eduardo Suplicy (PT), Lula elogiou Dilma Rousseff, voltando a dizer que ela era o melhor nome para sucedê-lo na Presidência.

– A bichinha é inteligente e aprendeu muito – disse, sobre a candidata que defende nestas eleições.

Sem uma referência direta a seu nome, Lula criticou a agora adversária Marina Silva, a principal ameaça à reeleição de Dilma Rousseff.

– Um verdadeiro líder não muda de partido, não muda de opinião. Ele evolui. Ela (Marina) é que precisa explicar o motivo de ter nascido e crescido no PT, ter ganhado cargos do PT, e agora fala mal do PT – disse o ex-presidente, referindo-se à transformação porque passou a ex-ministra do Meio Ambiente em seu governo.

Na foto: Marina já chorou antes, por outros motivos, no ombro do pastor radical de ultradireita Marco Feliciano

Correio do Brasil

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