Correio
do Brasil, São Paulo
A
pesquisa do Instituto Vox Populi divulgada nesta quarta-feira mostra um quadro
ainda mais difícil para o candidato tucano à Presidência da República. O
senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece com o maior índice de rejeição entre os
candidatos, com 45%, de acordo com o levantamento, enquanto a rejeição à
presidenta Dilma Rousseff (PT) cai para 42% e a de Marina Silva
(PSB/Rede Sustentabilidade) sobe para, 40%. Ela aparece com 42% das intenções
de voto contra 41% da candidata petista, em empate técnico, em um eventual
segundo turno da eleição presidencial de outubro. Segundo a pesquisa, Dilma
lidera no primeiro turno com 36% das intenções de voto, ante 28% de Marina e
15% de Aécio Neves, do PSDB. A margem de erro de 2,2 pontos.
O
levantamento, divulgado nesta quarta-feira, é o primeiro do instituto Vox
Populi para a revistaCarta Capital desde a entrada de Marina na
corrida presidencial no lugar de Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo em agosto. Levantamentos
da semana passada dos institutos Datafolha e Ibope colocam Dilma e Marina
empatadas no primeiro turno, sendo que a ex-ministra venceria em um eventual
segundo turno. O campo da pesquisa Vox Populi foi realizado após a divulgação,
na sexta-feira, de denúncias de um suposto esquema de corrupção na Petrobras.
Informações
vazadas a partir do depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa à
Política Federal, mediante delação premiada, revelaram um suposto esquema de
repasse de recursos a políticos de partidos da base aliada do governo. Costa
comparecerá, na próxima quarta-feira a um depoimento marcado pelo presidente da
CPI mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), após revelar à Justiça
um esquema de corrupção na empresa.
Segundo
a revista semanal de ultradireita Veja, Costa listou o ministro Edison
Lobão (Minas e Energia), líderes do Congresso como os presidentes da Câmara e
do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), além
do ex-governador Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto em um acidente aéreo
em Santos (SP), entre os políticos envolvidos. Paulo Roberto Costa será
obrigado a comparecer à comissão porque a CPI mista já havia aprovado
requerimento de convocação do ex-diretor. Como está preso, Costa irá ao
Congresso, com escolta policial, para prestar depoimento à comissão.
O
depoimento será aberto, segundo o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB).
Mas pode se transformar em fechado (com a presença apenas dos membros da CPI)
se o ex-diretor da Petrobras pedir para fazer declarações de forma reservada.
Vale lembrar que ele pode ser reservar ao direito de não falar nada, para não
produzir provas contra si próprio.
Pontos
frágeis
A
queda de Marina Silva nas intenções de votos dos eleitores tem sido atribuída
por analistas políticos às contradições da própria candidata. Dados das
pesquisas MDA e Ibope, confirmados nesta quarta-feira no levantamento do
instituto Vox Populi, mostram uma dianteira de oito pontos de Dilma sobre
Marina em primeiro turno, com 36% e 28%, respectivamente. Uma nova pesquisa
Datafolha, a ser divulgada nas próximas horas, tende a manter o quadro
favorável para Dilma. Além de os ataques disparados pela propaganda do PT sobre
pontos frágeis da candidata do PSB, como a posição dúbia sobre o pré-sal e a
reafirmada autonomia do Banco Central, há mais um fator: Marina reage mal.
O
máximo que a candidata do PSB conseguiu fazer, até agora, foi dizer que está
sendo “alvo de muitas pedras”, de “calúnias” e “mentiras”. Mas não está
conseguindo convencer a respeito dos improvisos, plágios e paradoxos de seu
programa de governo, sua real posição sobre o pré-Sal e a questão da autonomia
do Banco Central. Quanto a esta última, Marina reafirmou que, sim, é isso mesmo
o que pretende fazer, “para livrar o BC dos interesses políticos”.
Como
esta foi a primeira pesquisa do instituto depois da morte do ex-candidato do
PSB Eduardo Campos e a entrada de Marina Silva na disputa ao Palácio do
Planalto, não existe base de comparação com levantamentos anteriores. Os demais
candidatos somam 2%. Brancos e nulos seriam 7%. Outros 13% não souberam indicar
um candidato ou não quiseram responder.
Rejeição
em alta
Nos
últimos estudos junto à opinião pública, a rejeição a Aécio Neves (PSDB), neste
período crucial da campanha eleitoral, chega a 43,5% dos entrevistados que não
votariam nele de jeito nenhum. A sua marca anterior era de 40,4% de rejeição. A
capa da revista Veja, que trouxe supostas denúncias de Arruda sobre a
Petrobras, não ajudaram o tucano a subir na preferência do eleitor. Estes dados
estão presentes na pesquisa feita pelo instituto MDA, encomendada pela
Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Marina
Silva (PSB) ainda tem o menor índice de rejeição, entre os três primeiros
colocados, com 31% dos entrevistados que dizem que não votariam na candidata de
jeito nenhum. Mas este percentual aumentou dos 29,3% no final de agosto, por
ocasião da última sondagem do instituto. A
presidenta Dilma Rousseff ainda carrega um alto índice de rejeição, em
41,7%, mas inferior ao apurado na pesquisa passada, quando 45,5% diziam não
votar na petista.
Foram
entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios e ocorreu entre os dias 5 e 7
deste mês. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Na
foto: Aécio Neves concentra um número cada vez maior de eleitores que não
votariam nele de jeito nenhum
1 comentário:
Blogue estrangeiro comprometido com o PT. Petismo exportação.
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