sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Cabo Verde - Filipe Tavares: "Este governo é centralizador e quer controlar tudo e todos"




MpD acusa governo de não cumprir promessa de descentralização e de estar a sufocar as autarquias

Luís Filipe Tavares disse em conferência de imprensa que o governo não cumpriu a promessa de descentralização do poder feita durante a campanha para as últimas eleições legislativas.

Citando o programa de Governo, Luís Filipe Tavares, recordou que o governo prometeu que a descentralização seria “um elemento chave nas prioridades da governação durante a VIII legislatura. O Governo continuará a velar pelo reforço do municipalismo designadamente através da revisão dos Estatutos dos Municípios” e com a revisão da “Lei das finanças locais, aumentando substancialmente as transferências de recursos financeiros aos municípios”.

Outro compromisso assumido pelo Governo foi, segundo Luís Filipe Tavares, “trabalhar com os municípios, no sentido de reforçar a autonomia local e aumentar os recursos financeiros dos municípios”.

Promessas e compromisso que o MpD defende não terem sido cumpridos pelo executivo de José Maria Neves. “Para além de não ter cumprido o que prometeu, o governo tem promovido de forma sistemática a criação de legislação fortemente condicionante do exercício das atribuições e competências dos municípios”.

Outro alvo de críticas por parte do MpD é o Pacto para o Emprego que o governo vai apresentar às autarquias. Para Luís Filipe Tavares este pacto é 2mais um expediente para o governo fugir à sua responsabilidade, diluindo-a por vários actores”, criticou.

Dizendo que este Pacto para o Emprego se trata de um “documento genérico” Luís Filipe Tavares afirma que este é um documento que não “traça objectivos, não define metas e não tem um quadro de compromissos com resultados”.

Também a remodelação governamental foi abordada por este vice-presidente do MpD. Para Luís Filipe Tavares, “o Primeiro-ministro parece distraído e deu sinais de estar cansado e de não ter mais soluções para o país”. E continuou: “Anuncia uma remodelação do governo que não traz nenhuma esperança aos cabo-verdianos”. “Este governo não foi o que foi vendido aos cabo-verdianos em 2011”, concluiu.

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