quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MÉDICO PORTUGUÊS QUE ESTEVE NA SÍRIA ESCAPOU POR POUCO A UM RAPTO




Gustavo Carona teme que decapitações de dois jornalistas norte-americanos sejam apenas o início, pois há muito mais Ocidentais raptados na Síria.

Um médico português que esteve no final de 2013 na Síria, como voluntário nos Médicos Sem Fronteiras, teme que as duas decapitações de jornalistas norte-americanos sejam apenas o princípio.

Gustavo Carona sublinha que «fala-se pouco disso», mas há «muito mais Ocidentais raptados na Síria do que pensamos». Entre outros, jornalistas e representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) que andaram nos últimos anos por aquele país em guerra do Médio Oriente.

À TSF, o médico anestesista recorda que ele próprio, por muito pouco, não foi raptado. Conta que, «numa feliz coincidência para o meu lado, saí da Síria e três dias depois os amigos que viviam comigo foram raptados. Se lá estivesse, era 100% a probabilidade de também ser».

Gustavo recorda que a Síria foi o sítio mais perigoso onde já esteve em trabalho para os Médicos Sem Fronteiras e que os raptos eram o maior receio, apesar de só se ter apercebido da dimensão do problema quando saiu do país e viu os colegas de casa a serem raptados. Os coelgas foram entretanto libertados, mas passaram momentos muito difíceis com os raptores.

O médico está convencido que os assassínios de Ocidentais na Síria podem piorar, até porque, sublinha, estamos perante pessoas perigosas e «os países do Ocidente não têm dado bons exemplos ao armarem grupos rivais e fazendo bombardeamentos guiados por drones».

Nuno Guedes - TSF

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