Gustavo
Carona teme que decapitações de dois jornalistas norte-americanos sejam apenas
o início, pois há muito mais Ocidentais raptados na Síria.
Um
médico português que esteve no final de 2013 na Síria, como voluntário nos
Médicos Sem Fronteiras, teme que as duas decapitações de jornalistas
norte-americanos sejam apenas o princípio.
Gustavo
Carona sublinha que «fala-se pouco disso», mas há «muito mais Ocidentais
raptados na Síria do que pensamos». Entre outros, jornalistas e representantes
de Organizações Não Governamentais (ONGs) que andaram nos últimos anos por
aquele país em guerra do Médio Oriente.
À
TSF, o médico anestesista recorda que ele próprio, por muito pouco, não foi
raptado. Conta que, «numa feliz coincidência para o meu lado, saí da Síria e
três dias depois os amigos que viviam comigo foram raptados. Se lá estivesse,
era 100% a probabilidade de também ser».
Gustavo
recorda que a Síria foi o sítio mais perigoso onde já esteve em trabalho para
os Médicos Sem Fronteiras e que os raptos eram o maior receio, apesar de só se
ter apercebido da dimensão do problema quando saiu do país e viu os colegas de
casa a serem raptados. Os coelgas foram entretanto libertados, mas passaram
momentos muito difíceis com os raptores.
O
médico está convencido que os assassínios de Ocidentais na Síria podem piorar,
até porque, sublinha, estamos perante pessoas perigosas e «os países do
Ocidente não têm dado bons exemplos ao armarem grupos rivais e fazendo
bombardeamentos guiados por drones».
Nuno
Guedes - TSF
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