Filipe
Nyusi deixa Centro e abre frente sul de caça ao voto
O
candidato presidencial da Frelimo escala hoje a cidade de Maputo. Antes de
iniciar a sua jornada de “caça” ao voto na capital do país, prometeu ontem, num
comício popular realizado no campo do Desportivo de Tete, que vai investir na
expansão da rede eléctrica e melhorar a sua qualidade, para além de construir a
linha de alta tensão para o Malawi.
Filipe
Nyusi disse tratar-se de um projecto ambicioso que visa transformar o sector de
energia, no qual o país possui um grande potencial.
Para
fundamentar o seu projecto de investimento na área de electricidade, Nyusi usou
a província de Tete como exemplo, pois, na sua óptica, alberga a barragem de
Cahora Bassa, mas ainda enfrenta problemas de energia aliados à fraca
qualidade.
Assim,
Nyusi apelou aos potenciais eleitores a depositarem o seu voto para si e para
Frelimo, condição que o permitirá investir para cobrir o défice de energia na
região austral e no país.
Diante
da população que acompanhou o seu “showmício”, Nyusi explicou ainda que a
energia de Moçambique é viável, daí que, caso seja o candidato preferido dos
moçambicanos, vai mobilizar fundos para investir nesta área, procurar construir
Mpanda Nkuwa e fazer Cahora Bassa norte.
Segundo
deu a conhecer, o seu projecto inclui, também, a possibilidade de construir uma
barragem em Boroma, no alto Malema, para além de operacionalizar os projectos
Tchemba um e dois.
“No
nosso projecto de governação, nos próximos cinco anos, vamos aumentar a
produção de energia, vamos expandir a energia, vamos investir na energia de
qualidade. Esta é a minha aposta de governação”, frisou, realçando que ”nós não
falamos apenas de energia que ilumina as nossas casas, queremos falar de
energia numa vertente mais ampla. A energia produz riqueza, cria renda e
promove o crescimento”.
Num
longo discurso repleto de promessas na sua maior parte ligadas à área de
energia, Nyusi disse que, na sua governação, pretende transformar a energia
numa fonte de desenvolvimento, por isso, está na manga o projecto de construção
de uma linha de alta tensão para o vizinho Malawi, projecto que diz ser uma boa
aposta para trazer divisas ao país.
Daviz
Simango apela aos militantes a não responderem a provocações
Na
sua deslocação à província de Tete, que terminou ontem, Daviz Simango foi
confrontado - na maior parte dos distritos que visitou, com destaque para
Mutarara, Chiúta, Angónia, Tsangano e Catandica, em Manica, onde entrou ontem
no fim do dia - com provocações de membros e simpatizantes do partido Frelimo
que tentavam inviabilizar a sua campanha eleitoral.
Por
isso, ontem na sua deslocação ao distrito de Chiúta, em Tete, no comício que
orientou perante membros e simpatizantes do seu partido, pediu que não
respondessem a provocações, porque isso só poderia gerar violência, que
resultaria em feridos e até mortos, o que o seu partido não quer, por entender
que a campanha eleitoral é um momento de festa e não de confrontos entre
membros de diferentes partidos.
“Só
os fracos é que podem fazer provocações e gerar violência, enquanto os fortes
não respondem a provocações. e porque vocês são fortes, são educados e sabem
perdoar, nunca devem responder a qualquer provocação nem fazer violência”,
disse Simango, para depois orientar membros do seu partido a respeitarem o
espaço e o direito que os outros têm de fazer campanha eleitoral onde quiserem.
Por isso, disse, sempre que constatarem que o local que programaram para fazer
campanha está ocupado por outro partido, no lugar de entrarem em confrontos,
devem tratar de procurar outro sitio, “porque o país é grande e há lugar para
todos nós fazermos política”, disse Simango.
Daviz
Simango, que depois de Chiúta dirigiu-se via terrestre à província de Manica,
onde deverá trabalhar nos próximos dias, efectuou paragens ao longo da Estrada
Nacional número 7, concretamente na localidade de Nhampassa, no distrito de
Guro, onde centenas de residentes correram para o saudar.
Já
na vila de Catandica, Simango tinha à sua espera uma plateia especial. Membros
do MDM e do partido Frelimo separados pela estrada, ambos grupos cantando e
dançando. Por temer que a situação pudesse causar violência, com o
exaltação dos ânimos, a polícia reforçou a segurança, impedindo a mistura dos
dois grupos. Apesar da tentativa de boicote, Daviz Simango fez, mesmo
assim, o comício popular, diga-se, bastante concorrido.
O
País (mz)
Dhlakama, ontem em comício no Chimoio mas sem referências
No espaço que diáriamente reservamos à campanha eleitoral em Moçambique faziamos constar o início da campanha de Dhlakama em Chimoio. Estranhamente hoje não encontramos referências online sobre o evento nos principais orgãos de informação moçambicanos que habitualmente usamos para compilar, nem noutros que pesquisámos.
Na Deutsche Welle, ontem, em artigo que compilámos para o Página Global, era referido o inicio de campanha do candidato da Renamo à presidência da República. Ali podíamos ler: "A
RENAMO está confiante no regresso do seu líder à máquina eleitoral (16.06). Mas
o analista ouvido pela DW duvida que a popularidade se reflita em votos no
principal partido da oposição nas eleições de 15 de outubro." E ainda em outro parágrafo: Apesar
de a campanha eleitoral ter arrancado a 31 de agosto, a RENAMO (Resistência
Nacional Moçambicana) esteve até agora a meio gás. A conclusão do acordo de paz
entre o principal partido da oposição e o Governo, a assinatura do documento e
a sua aprovação no Parlamento dificultaram a RENAMO nas duas primeiras semanas
de caça ao voto. A campanha entra numa nova fase, esta terça-feira (16.09), com
a presença do líder Afonso Dhlakama num comício na cidade de Chimoio, capital
da província de Manica, centro do país."
Facto é que do referido comício não encontrámos palavra nem referência. Presuma-se que dentro de algumas horas seja possível saber como decorreu o referido comício e iniciação do candidato da RENAMO, Dhlakama. Então, também no Página Global traremos a respetiva referência.
Redação PG
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