Lisboa,
11 set (Lusa) -- Os nove Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) vão realizar documentários e ficção e partilhar conteúdos nas
emissoras públicas, no âmbito de um programa que será lançado em novembro e
custará 2,5 milhões de euros.
Responsáveis
do setor audiovisual em Portugal e no Brasil e o secretário-executivo da CPLP
reuniram-se hoje em Lisboa para definir os contornos da segunda edição do
Programa de Fomento à Produção e Teledifusão do Documentário da comunidade lusófona.
O
programa, que "permitirá o aprofundamento da cooperação na área
audiovisual" na CPLP, contempla a realização de documentários sobre cada
um dos nove Estados-membros da comunidade, a produção de telefilmes de ficção e
o intercâmbio de conteúdos audiovisuais, a transmitir nas televisões públicas
de todos os países, adiantou à Lusa o secretário do Audiovisual do Ministério
da Cultura do Brasil, Mário Borgneth, no final da reunião.
A
partir de novembro, produtores independentes de todos os países serão
convidados a apresentar propostas nestas áreas.
O
projeto custará 2,5 milhões de euros e será financiado por Portugal e pelo
Brasil, mas ainda não está definida a verba que caberá a cada país.
Haverá
"uma oficina executiva para a aprovação, entre os Estados-membros e as
autoridades cinematográficas e audiovisuais e as televisões públicas para
lançar as bases do programa", disse Filomena Serras Pereira, presidente do
Instituto do Cinema e do Audiovisual, entidade responsável pela organização e
pelo financiamento português.
A
responsável referiu que os documentários e telefilmes deverão ser exibidos
dentro de "um ano e meio a dois anos".
Pela
CPLP, a diretora-geral da organização, Georgina de Mello, explicou que "o
grande objetivo" do projeto é a aposta em "mais informação, mais
divulgação, mais comunidade".
"Vamos
cumprir um pouco mais aquele objetivo de sermos mais comunidade, de sermos mais
conhecidos, nós, o país X, Y ou Z, nos restantes" Estados, afirmou.
A
diretora da CPLP indicou ainda que o objetivo é exibir também as produções fora
da comunidade, nomeadamente junto dos observadores associados -- Geórgia,
Japão, Namíbia, Senegal e Turquia -- e de outras organizações internacionais
com as quais o bloco lusófono tem parcerias.
A
CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
JH
// VM – Lusa
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