13
de Outubro de 2014
A
Guiné Equatorial comemora neste domingo o 46.º aniversário da sua independência
da Espanha, marcado pela realização de uma mesa de diálogo convocada pelo
Presidente, Teodoro Obiang, para o próximo mês, segundo a agência Lusa.
Obiang declarou que convocou este espaço de diálogo "inclusivo" do qual deve participar não só a oposição no interior e no exterior do país, legalizada e não legalizada, mas também todas as forças sociais que desejarem assistir ao evento.
Os partidos políticos da oposição como a Força Democrática Republicana (FDR), o Partido do Progresso (PP), União para a Democracia e Desenvolvimento Social (UDDS), Candidatura Independente da Guiné Equatorial, União Popular, Ação Popular (AP), União de Centro Direita (UCD) entre outros, exigem que Obiang promulgue uma lei de amnistia geral.
A oposição recordou que a "Guiné Equatorial não pode alcançar um verdadeiro diálogo nacional com presos políticos, demagogia, usurpação de partidos políticos, insultos, desqualificação e desprezo pela oposição e pela sociedade civil".
Obiang, no poder desde que deu um golpe de Estado em agosto de 1979, não se pronunciou sobre a exigência da oposição, ainda que tenha oferecido indultos aos opositores com processos judiciais abertos.
No início do ano, o Executivo de Obiang anunciou uma moratória sobre a pena de morte e o Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu, em Genebra, que as autoridades equato-guineenses acabem definitivamente com a pena de morte.
A moratória foi exigida à Guiné Equatorial para que pudesse integrar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adesão oficializada em julho na cimeira do bloco lusófono, em Dili, Timor-Leste.
As instituições de direitos humanos também pediram a Malabo que investiguem e punam os responsáveis pelos sequestros de refugiados, pelas detenções arbitrárias, pelas torturas, pelas execuções e pelos desaparecimentos forçadas.
Por seu lado, o Governo do país centro-africano, único que tem a língua espanhola como oficial, mantém a sua oposição em ratificar o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, devido a sua "duvidosa imparcialidade universal".
Obiang, na Assembleia Geral das Nações Unidas, denunciou o império de forças nas relações internacionais e advertiu que a "democracia não é um artigo de importação e que não pode ser desenhada por despachos de outros países".
A Guiné Equatorial, um dos países mais ricos da Comunidade Económica e Monetária da África Central graças ao aumento do volume de petróleo nos anos anteriores, vive este ano a sua primeira recessão como consequência da diminuição das receitas petrolíferas.
Segundo vários organismos internacionais, a queda para 2015 será de 8,5%.
A antiga colónia espanhola tem uma renda per capita que passou de 314 dólares em 1944 para 5.753 há dez anos, graças a gigantesco crescimento económico derivado da exportação das reservas de gás e petróleo, apesar das denúncias dos opositores, que destacam a falta de redistribuição desta riqueza.
Membros da família de Obiang -- sobretudo o filho do presidente, conhecido como "Teodorin" - estão a ser investigados ou foram investigados em alguns países, como nos Estados Unidos, França e Brasil.
As celebrações do 46.º aniversário da independência vão ocorrer em Ebebiyín, capital da província de Kie-Ntem, onde está previsto um desfile militar.
A zona é habitada pelo clã a que pertence a família de Obiang.
Lusa
Obiang declarou que convocou este espaço de diálogo "inclusivo" do qual deve participar não só a oposição no interior e no exterior do país, legalizada e não legalizada, mas também todas as forças sociais que desejarem assistir ao evento.
Os partidos políticos da oposição como a Força Democrática Republicana (FDR), o Partido do Progresso (PP), União para a Democracia e Desenvolvimento Social (UDDS), Candidatura Independente da Guiné Equatorial, União Popular, Ação Popular (AP), União de Centro Direita (UCD) entre outros, exigem que Obiang promulgue uma lei de amnistia geral.
A oposição recordou que a "Guiné Equatorial não pode alcançar um verdadeiro diálogo nacional com presos políticos, demagogia, usurpação de partidos políticos, insultos, desqualificação e desprezo pela oposição e pela sociedade civil".
Obiang, no poder desde que deu um golpe de Estado em agosto de 1979, não se pronunciou sobre a exigência da oposição, ainda que tenha oferecido indultos aos opositores com processos judiciais abertos.
No início do ano, o Executivo de Obiang anunciou uma moratória sobre a pena de morte e o Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu, em Genebra, que as autoridades equato-guineenses acabem definitivamente com a pena de morte.
A moratória foi exigida à Guiné Equatorial para que pudesse integrar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adesão oficializada em julho na cimeira do bloco lusófono, em Dili, Timor-Leste.
As instituições de direitos humanos também pediram a Malabo que investiguem e punam os responsáveis pelos sequestros de refugiados, pelas detenções arbitrárias, pelas torturas, pelas execuções e pelos desaparecimentos forçadas.
Por seu lado, o Governo do país centro-africano, único que tem a língua espanhola como oficial, mantém a sua oposição em ratificar o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, devido a sua "duvidosa imparcialidade universal".
Obiang, na Assembleia Geral das Nações Unidas, denunciou o império de forças nas relações internacionais e advertiu que a "democracia não é um artigo de importação e que não pode ser desenhada por despachos de outros países".
A Guiné Equatorial, um dos países mais ricos da Comunidade Económica e Monetária da África Central graças ao aumento do volume de petróleo nos anos anteriores, vive este ano a sua primeira recessão como consequência da diminuição das receitas petrolíferas.
Segundo vários organismos internacionais, a queda para 2015 será de 8,5%.
A antiga colónia espanhola tem uma renda per capita que passou de 314 dólares em 1944 para 5.753 há dez anos, graças a gigantesco crescimento económico derivado da exportação das reservas de gás e petróleo, apesar das denúncias dos opositores, que destacam a falta de redistribuição desta riqueza.
Membros da família de Obiang -- sobretudo o filho do presidente, conhecido como "Teodorin" - estão a ser investigados ou foram investigados em alguns países, como nos Estados Unidos, França e Brasil.
As celebrações do 46.º aniversário da independência vão ocorrer em Ebebiyín, capital da província de Kie-Ntem, onde está previsto um desfile militar.
A zona é habitada pelo clã a que pertence a família de Obiang.
Lusa
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