Hong
Kong, China, 31 out (Lusa) - Os manifestantes pró-democracia de Hong Kong estão
a considerar viajar até Pequim para apelar diretamente ao Governo Central, numa
altura em que a capital chinesa acolhe uma cimeira onde vão comparecer Barack
Obama e outros líderes mundiais.
Há
mais de um mês que os manifestantes ocupam as ruas da cidade, pedindo eleições
livres para o sufrágio de 2017 no qual será escolhido o próximo líder do
governo de Hong Kong.
Pequim
rejeitou o pedido dos pró-democratas, feito a 31 de agosto, para que os
candidatos não tenham de ser pré-selecionados por uma comissão de número
restrito, uma imposição vista como uma forma de o Governo Central controlar os
resultados das eleições.
Alex
Chow, presidente da Federação de Estudantes, um dos grupos que tem estado na
liderança dos protestos, disse que os manifestantes estavam a discutir a
possibilidade de se deslocarem até Pequim e pressionarem as autoridades a
abrirem conversações diretas.
"Devemos
dizer ao mundo e ao Governo que a decisão tomada a 31 de agosto tem de ser
revogada", disse Alex Chow, apelando aos manifestantes para pensarem em
"abordar diretamente Pequim".
Tudo
indica que os manifestantes estão a considerar comparecer no encontro da
Cooperação Económica Ásia Pacífico, em Pequim, nos dias 10 e 11 de novembro,
quando o Presidente chinês recebe líderes dos Estados Unidos, Rússia e Japão,
entre outros.
No
entanto, não se sabe se os líderes estudantis vão conseguir viajar até à
capital, já que necessitam de uma autorização emitida pelas autoridades
chinesas.
ISG
// JCS - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário