Dez
milhões e oitocentos mil eleitores vão amanhã às urnas para eleger o Presidente
da República, os 250 deputados da Assembleia da República e 811 membros das dez
assembleias provinciais existentes.
Trata-se
das quintas eleições presidenciais e legislativas, para as quais concorrem três
candidatos e 30 partidos. Trata-se de Filipe Jacinto Nyusi, proposto pela
Frelimo para suceder Armando Guebuza, que se encontra a concluir o seu segundo
mandato consecutivo no cargo; Afonso Macacho Marceta Dhlakama, apresentado pela
Renamo e que conconcorre pela quinta vez seguida; e Daviz Mbepo Simango, que se
apresenta pela segunda vez na corrida à Ponta Vermelha.
Para
as legislativas e assembleias provinciais a Comissão Nacional de Eleições (CNE)
inscreveu um total de 30 partidos políticos e coligações de partidos que vão
disputar os 248 lugares a serem eleitos pelos 10.874.328 eleitores recenseados
a nível nacional e dois que serão escolhidos por 89.685 cidadãos inscritos na
diáspora para participarem neste sufrágio.
Dos
concorrentes escritos para as legislativas e provinciais destaque vai para a
Frelimo, Renamo e Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que concorrem nos
13 círculos eleitorais (11 nacionais e dois na diáspora), para além de
disputarem assentos nos 141 distritos nacionais, que constituem o círculo
eleitoral para a eleição das assembleias provinciais.
As
urnas vão abrir às 7.00 e encerram às 18.00 horas, depois de todos os cidadãos
que se encontrarem no recinto da mesa de voto terem exercido o seu direito.
Para
estas eleições o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) vai
disponibilizar 17.199 mesas de assembleias de voto que serão assistidas por 121
mil membros. Dos sete membros de cada mesa de voto quatro são selecionados pelo
STAE e três indicados pelos partidos políticos com assento na AR. Até ontem
informações em nosso poder indicavam que em algumas províncias a Renamo e o MDM
apresentavam dificuldades em indicar os seus representantes nas mesas de
votação, elementos que, aliás, devem beneficiar de capacitação para exercerem
tais funções.
Entretanto,
o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral promete concluir hoje a
colocação do material eleitoral em todos os postos de votação. Esta acção teve
início semana passada e para tal o STAE mobilizou 15 helicópteros, barcos e
mais de uma centena de viaturas, a maioria camiões todo-o-terreno, para
distribuir os “kits” de votação, constituídos por boletins de voto e outro
material indispensável para o exercício deste direito de cidadania.
Fonte
do STAE disse ontem ao nosso Jornal que a colocação do material nos postos de
votação decorre a um ritmo normal, sem problemas de maior, não obstante um ou
outro lugar de difícil acesso, mesmo nos casos em que são usados helicópteros.
Até
ao final da tarde de ontem haviam sido acreditados pouco mais de 500
observadores internacionais; mais de cinco mil nacionais; acima de 2000
jornalistas nacionais e pouco mais de 50 estrangeiros.
Destes
números, a observação nacional apresenta um crescimento assinalável quando
comparada com a realizada nas últimas eleições gerais, onde os observadores
nacionais não ultrapassaram as duas centenas de indivíduos.
Para
o dia da votação a Lei Eleitoral prevê tolerância de ponto para todos os
trabalhadores nacionais, com excepção daqueles cuja actividade não pode ser
paralisada.
Entretanto,
os Serviços Meteorológicos prevêem céu nublado a pouco nublado em todo o país,
com aguaceiros e trovoadas locais no sul, nomeadamente norte de Maputo e sul de
Gaza.
Notícias
(mz)
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