quinta-feira, 16 de outubro de 2014

MOÇAMBIQUE VAI ACORDAR SÁBADO PARA SABER QUE NYUSI E FRELIMO VENCERAM?




As eleições gerais em Moçambique ocorreram ontem, quarta-feira (15). Quase 24 horas passadas do fecho das urnas de voto muito pouco se sabe sobre os resultados da votação. Provavelmente só no próximo sábado se saberá quais os resultados globais das eleições. A lentidão é devida ao facto de a contagem de votos ser manual e terem de passar a pente fino por cerca de dez milhões de boletins de voto.

Já existem indícios, segundo a comunicação social moçambicana, de que a Frelimo e o seu candidato presidencial, Nyusi, tomaram a dianteira nas preferências dos eleitores moçambicanos. Contactado pelo Página Global um nosso colaborador – que é componente de uma mesa de voto em Maputo – afirmou que “muitos estão com expetativas erradas e a contar com maioria de votos em Dhlakama e na Renamo, mas essa expetativa está errada. Nyusi e a Frelimo vão vencer com uma grande margem de vantagem.”

Esclareceu que “as contas favoráveis a Nyusi e Frelimo não são só pela mesa de voto de que faço parte e respetivo círculo mas sim por contactos que tenho mantido com muitas mesas de voto espalhadas pelo país, algumas que já terminaram a contagem ou estão a terminar, outras com mais de metade dos votos contados e em que a Frelimo e Nyusi se destacam como vencedores.”

Questionado sobre os resultados para a Renamo e Dhlakama, qual a perspetiva segundo informações que terá recolhido foi peremptório: “No centro do país Dhlakama poderá ter mais votos que anteriormente mas isso não lhe dá, nem por sombras, a possibilidade de vitória nestas eleições. Dhlakama e Renamo continuam bem implantados no centro e até vão crescer em votação, mas nunca serão vencedores no presente, talvez futuramente. Sábado de manhã vamos acordar a saber com toda a certeza que Nyusi e a Frelimo venceram as eleições gerais de 2014 em Moçambique”. 

E o MDM e Simango? Perguntámos. "Creio, pelas minhas contas, que ficará estacionário, como antes.

Em seguida, informação recente do jornal Notícias (Maputo). Informação perfeitamente em linha com restante comunicação social moçambicana.

Redação PG

Nyusi e Frelimo à frente

Decorre desde ontem à noite a contagem dos votos das quintas eleições presidenciais, legislativas e segundas das assembleias provinciais, com os primeiros resultados parciais a darem vantagem ao candidato Filipe Nyusi e o seu partido: a Frelimo.

Não temos detalhes, mas os resultados que estão a ser anunciados pela Rádio Moçambique, a principal emissora e que cobre todo o país, mostram uma tendência do voto favorável a Filipe Nyusi e seu partido, sendo que Afonso Dhlakama e Renamo vão na segunda posição e Daviz Simango e o MDM, na terceira.

O Noticias Online está a acompanhar a divulgação dos resultados e espera apresentar dados numéricos logo que possível.

Contabilizados 10 % dos votos: Nyusi mantém vantagem

Os resultados eleitorais divulgados ao fim da manhã de hoje, quinta-feira, pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), indicam que processados dez por cento dos votos depositados nas urnas nas eleições realizadas na quarta-feira, o candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, tem 60 por cento, Afonso Dhlakama 31 por cento e Daviz Simango 7 por cento.

Concorreram para estas eleições 30 partidos, mas se a tendência actual dos resultados se mantiver, apenas três formações políticas, nomeadamente a Frelimo, que suporta a candidatura de Nyusi, a Renamo de Dhlakama e MDM, de Daviz Simango estarão representados no Parlamento.

Cerca de 11 milhões de eleitores foram chamados a escolher um novo Presidente, 250 deputados da Assembleia da República e 811 deputados das assembleias provinciais.

Estas foram as quintas eleições presidenciais e legislativas e segundas das assembleias provinciais.

Primeiros resultados globais dentro de 48 horas

O Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Abdul Carimo Sau, disse acreditar que os primeiros resultados globais da votação de ontem comecem a ser conhecidos dentro de 48 horas.

Falando a jornalistas momentos após exercer o seu direito de voto na Escola Secundária da Polana, em Maputo, Carimo Sau disse que para além da contagem oficial, a ser feita pelos órgãos eleitorais, os jornalistas, observadores, partidos políticos e outros interessados deverão realizar contagens paralelas, o que vai fazer com que em 24 ou 48 horas os primeiros resultados globais da contagem sejam conhecidos pelo público.

“Penso que os media vão fazer a sua contagem paralela, o mesmo acontecendo em relação aos observadores e os partidos políticos. Nós temos um centro de imprensa que vai congregar todos os dados do apuramento. Penso que dentro de 24 a 48 horas já teremos os resultados, de um modo geral, conhecidos por todos nós”, afirmou o presidente da CNE.

Num outro desenvolvimento da sua intervenção, Carimo tranquilizou os eleitores, em geral, e os concorrentes, em particular, contra eventuais irregularidades.

Segundo referiu, a nova Lei Eleitoral prevê a existência de membros das mesas de voto, três dos quais indicados pelos partidos políticos com assento parlamentar e cuja presença na assembleia de voto visa garantir a isenção e transparência.

Para além destes, acompanham este processo observadores nacionais e estrangeiros e jornalistas que vão exercer o devido controlo para que o processo seja efectivamente transparente, isento e credível.

“É importante que se diga que há mecanismos de controlo do voto – os delegados de candidatura estão posicionados. A nova lei refere que três dos sete membros das mesas de voto são representantes de partidos políticos com assento na AR, assim também temos observadores espalhados pelo país inteiro. Portanto, os cidadãos devem ficar tranquilos em relação a este aspecto”, frisou.

Por outro lado, o presidente da CNE congratulou-se com a afluência que o processo de votação registou, assim como a forma ordeira e pacífica com que o mesmo decorreu.

“É, contudo, importante dizer que registámos alguns problemas. Tal se deveu à colocação tardia dos materiais de votação em alguns lugares ou à falta, por exemplo, de tampa de uma urna ou outro material, mas que em nada influiu no processo de votação no seu global”, disse.

Notícias (mz)

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