quarta-feira, 5 de novembro de 2014

ANGOLA E FRANÇA AGILIZAM NEGÓCIOS



Bernardino Manje – Jornal de Angola

O ministro das Relações Exteriores assegurou ontem, em Luanda, que as negociações entre os Governos angolano e francês sobre a facilitação de vistos de permanência de profissionais e estagiários estão numa fase avançada.

Georges Chikoti, que falava num encontro com uma missão empresarial francesa, afirmou ser desejo dos dois países “recuperar o tempo perdido”, restabelecer a confiança e projectar oportunidades e metas de cooperação económica e empresarial, o que exige empenho de todos os intervenientes para se poderem colher benefícios mutuamente vantajosos.

O ministro incentivou os empresários franceses interessados em investir em Angola apoiarem os esforços do Executivo na reconstrução nacional, diversificação económica e melhoria da qualidade de vida da população. 

A visita de uma delegação do Movimento das Empresas Francesas (MEDEF) à Angola, referiu, responde aos anseios dos Governos dos dois países de dinamizar e diversificar as relações económicas e empresariais com a criação de empresas que ajudem ao desenvolvimento económico e social de ambos os Estados.

O ministro sublinhou que a visita do grupo de empresários de França é sinal que num futuro próximo as relações empresariais entre as duas partes ganham nova dinâmica nos mais variados domínios, reforçando o desempenho das mais de 60 empresas daquele país que já exercem a sua actividade económica e comercial em Angola.

Georges Chikoti
disse, por poutro lado  que a França é actualmente o sexto maior fornecedor de bens e serviços a Angola,imediatamente a seguir aos Estados Unidos, Portugal, China, Brasil e África do Sul e que o seu investimento directo ultrapassa os dez milhões de euros. 

A Total, afirmou, é dos bons exemplos de investimento estrangeiro com a vantagem de poder estar ao serviço da reconstrução nacional e na criação de uma “economia periférica” que permite o desenvolvimento de pequenas e médias empresas e de parcerias público e privadas entre os dois Estados.

Garantias ao investidor

Angola é a terceira economia da África Subsaariana com níveis de crescimento económico aceitáveis nos últimos 12 anos. O ministro recordou que para a prossecução da política de investimentos o Executivo criou a Nova Lei de Investimento Privado que, além de reduzir a burocracia e facilitar os processos legais, concede uma série de garantias ao investidor privado, como o repatriamento de capitais, atribuição de incentivos fiscais, igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros e segurança e protecção ao investimento.

Embaixador francês

O embaixador francês, Jean-Claude Moyret, também lembrou que na visita que Presidente José Eduardo dos Santos fez em Abril ao seu país à França, fora decidido empenho para a facilitação de vistos para empresários gauleses que pretendam investir em Angola e preparar um plano de relançamento das relações entre os dois Estados e da diversificação económica de Angola. O diplomata reafirmou o compromisso francês de ajudar no processo de diversificação económica de Angola. 

O presidente da Bolloré África Logísticas e do Conselho de Chefes das Empresas na África Austral do MEDEF, Dominique Lafont referiu a importância das empresas do seu país na economia angolana. 

“As empresas filiadas no MEDEF querem investir em Angola, até por terem grande experiência em África”. “Estamos prontos a investir fortemente em Angola e julgo que devemos passar rapidamente das palavras à acção”, concluiu.

Foto: Maria Augusta

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