segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

China - Hong Kong: LÍDER DOS PROTESTOS PRÓ-DEMOCRACIA EM GREVE DE FOME




O líder dos protestos pró-democracia em Hong Kong Joshua Wong e outras duas representantes do movimento estudantil 'Scholarism' iniciaram hoje uma greve de fome, anunciaram os ativistas na Internet.

"Para viver nestes tempos conturbados, existe um dever. Hoje estamos dispostos a pagar o preço, estamos dispostos a assumir a responsabilidade", escreveram os ativistas na rede social Facebook.

Joshua Wong e as líderes Lo Yin-wai e Wong Tsz-yuet, ambas com 17 anos, afirmaram que vão jejuar para tentar pressionar as autoridades de Hong Kong a responderem às suas exigências, ou seja, a realização de eleições livres em 2017 para a liderança daquela cidade chinesa semiautónoma.

"O nosso futuro, vamos trazê-lo de volta", referiram os líderes estudantis.

Na mesma mensagem, os três representantes apelaram às autoridades de Hong Kong para retomarem as negociações com os estudantes, atualmente paralisadas, pedindo igualmente a Pequim para recuar na sua atual posição.

O Governo central chinês insiste que os candidatos às eleições de 2017 devem ser pré-selecionados por um comité, condição rejeitada pelos manifestantes.

De acordo com uma televisão local, os três ativistas vão apenas beber água durante o protesto.

Ao fim de dois meses de protestos, que ficaram conhecidos como "Umbrella revolution", o clima de tensão voltou às ruas de Hong Kong.

Os confrontos registados entre sábado e hoje em Admiralty, junto à sede do Governo, são apontados como os mais graves registados desde setembro.

A polícia de Hong Kong justificou hoje o uso de gás pimenta e de bastões contra os manifestantes, que tentaram invadir departamentos governamentais.

"Numa situação em que não teve alternativa, a polícia usou o mínimo de força, lançando água, gás pimenta (...) e [recorreu ao uso de] bastões", disse hoje o superintendente Fred Tsui Wai-hung.

Em setembro passado, o movimento pró-democracia levou milhares de pessoas às ruas de Hong Kong.

Após várias semanas de protestos, o número de pessoas nas ruas diminuiu significativamente, mas os ativistas mantiveram dois locais de protesto: Admiralty, junto ao complexo governamental, e outro de menor dimensão no distrito comercial de Causeway Bay.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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