Macau,
China, 19 dez (Lusa) -- Dez projetos lusófonos candidatos ao fundo de mil
milhões de dólares da China estão a ser atualmente avaliados, depois de um de
Angola ter obtido "luz verde", disse o secretário para a Economia e
Finanças de Macau.
"Já
foi aprovado o financiamento do projeto proveniente de Angola sobre a produção
de suportes de fios elétricos e tubos, estando a ser avaliados mais de dez
projetos apresentados por outros países lusófonos", afirmou, Francis Tam,
em resposta escrita à agência Lusa, num balanço dos 15 anos da Região
Administrativa Especial, em que destaca designadamente o papel de Macau como
plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Ativado
no final de junho de 2013, o fundo aprovou, pelo menos segundo as informações
divulgadas, o financiamento de apenas dois projetos: um proveniente da Angola e
um chinês para Moçambique.
A
assinatura do primeiro projeto financiado pelo fundo teve lugar em novembro de
2013 em Macau, lugar, onde, aliás, três anos antes, o então primeiro-ministro
chinês, Wen Jiabao, o anunciou durante a terceira conferência ministerial do
Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de
Língua Portuguesa.
Um
projeto agrícola em Moçambique, da empresa chinesa Wanbao, foi o primeiro a
obter financiamento do fundo, criado oficialmente em junho de 2013 por
iniciativa conjunta do Banco de Desenvolvimento da China e do Fundo de
Desenvolvimento Industrial e de Comercialização de Macau.
Avaliado
em aproximadamente 200 milhões de dólares, o projeto, na região do baixo
Limpopo, perto da cidade de Xai-Xai, obteve "luz verde" do fundo que
contribuiu com apenas dez milhões.
O
Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua
Portuguesa, de 1.000 milhões de dólares (800 mil milhões de euros), tem como
objetivo apoiar as empresas do interior da China e de Macau no investimento nos
países de língua portuguesa e atrair o de lusófonas na China.
DM
// PJA
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