quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Angola: A PÁTRIA E OS COMBATENTES



Jornal de Angola, editorial

No ano em que comemoramos 40 anos de Independência Nacional, importa reconhecer os grandes feitos realizados por uma camada da população que libertou e defendeu o Povo Angolano, dando exemplos ímpares  de amor  à Pátria, consentindo sacrifícios para que os angolanos vivessem livremente .

São os antigos combatentes e veteranos da Pátria.Todos sabemos que a luta de libertação contra o colonialismo e a defesa da nossa independência e soberania foram duras e nada mais justo do que prestarmos  a merecida homenagem àqueles  que se envolveram, na sua juventude,  no combate  pela liberdade. Um combate em que foi  derramado  o sangue de muitos filhos da Pátria, na guerrilha e nas cadeias  do regime colonial, ou mesmo em áreas agrícolas em que camponeses reivindicavam melhores  condições de vida. José Quipungo, um bispo da Igreja Metodista Unida, que viveu na região da Baixa de Cassanje, onde a 4 de Janeiro de 1961 os colonialistas massacraram centenas de camponeses, disse  que  “o sangue derramado por todos os angolanos e angolanas é um valor insubstituível”, tendo apelado ao respeito pelos  “símbolos da nossa Pátria”. 

O que os antigos combatentes  e veteranos da  Pátria fizeram deve ser do conhecimento de todos, para que se conheça  a dimensão das realizações na  luta de libertação,  de  compatriotas n que  decidiram entregar as suas vidas a uma causa nobre. Os antigos combatentes  escreveram páginas brilhantes no combate ao colonialismo, os seus feitos contribuíram para a construção de uma sociedade melhor no nosso país. Os seus sacrifícios não foram em vão. As actuais gerações têm tomando conhecimento, com orgulho,  do labor dos que abriram caminho para que hoje pudéssemos  ter uma Nação forte  e unida.

A independência de Angola, duramente conquistada, é resultado desse labor que a colectividade deve  permanentemente valorizar. Os jovens , esses, devem conhecer as virtudes   dos antigos combatentes e  veteranos da Pátria, que são muitas, para os ajudar a construir o bem-estar para todos. Devemos conhecer o carácter e as acções daqueles que deram exemplos ímpares de solidariedade humana  e de amor ao próximo, para que  tenhamos uma sociedade justa e próspera. A solidariedade foi no passado praticada por homens e mulheres angolanos que acreditavam que era possível superar o egoísmo  e a injustiça ,tendo lutado contra todos os males que atentavam contra direitos e a dignidade humanos.

É bom que se saiba que o humanismo foi uma das principais características dos nossos antigos combatentes. Por isso, nas comunidades devem prevalecer valores que nos levem a assumir condutas correctas que vão ao encontro  de princípios  plasmados na nossa lei suprema e fundamental, a Constituição, e  que consagram a construção de uma sociedade em que reine  a paz e a igualdade. Somos nós que temos de construir o nosso bem-estar, objectivo nada fácil, tendo em conta a complexidade  dos problemas da nossa época, pelo que devemos estar preparados para um percurso de duro trabalho. Na edificação de uma Nação, há naturalmente dificuldades de vária ordem, razão pela qual convém que nos inspiremos na persistência daqueles que em épocas anteriores não temeram obstáculos  e ousaram ultrapassar situações adversas, para assegurarem uma vida melhor às gerações vindouras. Os antigos combatentes e veteranos da Pátria esperam das actuais  gerações contributos que  coloquem o país na rota do desenvolvimento pelo qual afinal eles lutaram. Uma forma de enaltecermos o valor desses antigos combatentes e veteranos da Pátria é trabalharmos incessantemente para realizarmos as necessárias transformações sociais e económicas.

Em 40 anos de independência muito se fez em prol  das populações. É preciso dizer que muito mais podia ter sido feito se não fosse um longo período de conflito armado entre angolanos, que durante muito tempo desviou os angolanos de tarefas necessárias ao nosso progresso. Felizmente, a guerra terminou há 12 anos e a paz é hoje uma realidade, estando os  angolanos  concentrados na reconstrução de um país que estava muito pobre e destruído. 

Ao recordarmos o mérito das obras daqueles que lutaram e defenderam a nossa independência e soberania, devemos  continuar a trabalhar para executarmos e aperfeiçoarmos  as nossas tarefas, na perspectiva de vivermos numa Nação desenvolvida. Com sabedoria, talento, empenho e patriotismo, havemos todos de  dar um  grande contributo à  edificação de uma sociedade harmoniosa.

Leia mais em Jornal de Angola

O secretário executivo da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), Ntumba Luaba, está desde ontem em Luanda, para durante três dias abordar com as autoridades angolanas a situação política e de segurança na...

Sem comentários:

Mais lidas da semana