quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Comércio e construção em Díli são maior fatia dos rendimentos não petrolíferos timorenses




Díli, 18 fev (Lusa) - Os setores de comércio, a grosso e a retalho, e da construção são os maiores empregadores e maiores geradores de rendimentos da economia não-petrolífera de Timor-Leste, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério das Finanças.

A Sondagem da Atividade Económica de Timor-Leste 2013, divulgada hoje pela Direção Geral de Estatísticas do Ministério das Finanças, refere que os dois setores representavam 77% do rendimento total gerado na economia timorense em 2013 ou 1,42 mil milhões de dólares.

Os negócios não-petrolíferos timorenses geraram em 2013 cerca de 1,85 mil milhões de dólares (menos 0,2% que em 2012), sendo que 96% desse total (1,79 mil milhões) foi gerado por empresas que operam na capital, Díli.

A análise - o quarto relatório anual do tipo - baseia-se em sondagens realizadas a quase 2.900 empresas ou organizações não-governamentais que recebem mais de metade das suas receitas por negócios e pretende ajudar o Governo a analisar o setor não petrolífero da economia.

No final de 2013 a economia não-petrolífera timorense empregava 59 mil pessoas, menos 4,1% do que no final de 2012, sendo que 74% eram homens, com um salário médio anual era de 2.200 dólares.

O setor do retalho empregava 32% dos trabalhadores e a construção 30%, segundo estes dados.

Os custos de operação aumentaram 0,8% para cerca de 1,44 mil milhões de dólares, com os custos laborais a representaram cerca de 10% dessa fatia.

Os lucros totais foram de 380,2 milhões de dólares, mais 3,5%, com o setor de construção a representar 42% dos lucros totais.

Este estudo detalha ainda o indicador do Valor Acrescentado Setorial (IVA na sigla inglesa), ou seja o contributo que cada setor tem na economia nacional e que é calculado pela diferença entre o valor de mercado do produto de um setor e as compras de materiais e gastos necessários para essa produção.

Neste caso, o IVA total do setor não-petrolífero da economia foi de 564,2 milhões de dólares, menos 2,6% do que em 2012.

O setor da construção contribuiu 38% do valor total do IVA em 2013.

ASP // NS

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