Está
marcada uma manifestação para este sábado, 7 de fevereiro, de apoio à Grécia e
a sua situação financeira. O ponto de encontro é nos Restauradores, em Lisboa,
pelas 19h00.
Sábado,
19h00, na Praça dos Restauradores. Está marcado o ponto de encontro para uma
concentração que tem como foco principal a situação financeira que se vive
em solo grego. Em “solidariedade com a Grécia” e pelo “repúdio” das medidas
aplicadas pelo Banco Central Europeu (BCE), foi criada uma página na rede social Facebook para apelar à
participação coletiva na manifestação que acontece a 7 de fevereiro. Na
respetiva página, cerca de 250 pessoas já confirmaram presença numa iniciativa
que visa o apoio “à flexível e sensata” vontade negocial do governo liderado
pelo Syriza, partido de esquerda radical que é encabeçado por Alexis
Tsipras.
O
“profundo descontentamento com as medidas tomadas pelo BCE” também está em
causa, entidade que, no entender de quem organiza a manifestação, “deveria
promover a estabilidade e o diálogo construtivo”. Na passada quarta-feira foi noticiado que o BCE vai deixar de aceitar dívida
pública grega como garantia nos empréstimos aos bancos do país. Entre outras
consequências, a medida pode deixar os bancos gregos com dificuldade em
financiar-se. A decisão foi tomada pelo conselho de governadores, ou seja,
todos os governadores dos bancos centrais, mais os seis membros da comissão
executiva, onde se incluem Mario Draghi e Vítor Constâncio.
“A
Grécia deve saber que não está sozinha porque, parafraseando o gabinete do ministro Varoufakis em
resposta aos contos de Passos Coelho, ‘estamos no mesmo barco'”. O chefe
do Executivo português disse, no passado mês de janeiro, que o que consta no
programa do governo grego “é um conto de crianças” e que este terá dificuldades
em conciliar-se com as regras europeias”. Numa comunicação aos jornalistas, o
primeiro-ministro insistiu que o caminho que os países devem seguir é o do
cumprimento das regras europeias porque, sem elas, “não existira euro nem União
Europeia”. Passos falava, sobretudo, da intenção do Syriza de renegociar a dívida pública.
Ana Cristina Marques –
Observador – foto Alkis Konstantin / EPA
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