O
cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU), Edgar Silva, afirmou
hoje que esta força política está prestes a alcançar a sua melhor representação
de sempre na Madeira, nas eleições do próximo domingo.
"A
CDU (PCP/PEV) vai crescer, vai ter mais votos e mais eleitos, de certeza.
Estamos à beira de conseguir um resultado com uma representação parlamentar
como a CDU nunca teve na Madeira", disse o candidato durante a arruada de
várias dezenas de pessoas que marca o encerramento da campanha eleitoral, que
percorreu várias ruas do Funchal, distribuindo cravos vermelhos e contactando a
população e os comerciantes.
Edgar
Silva sublinhou que "um deputado eleito pela CDU apresentou mais trabalho
e mais propostas aprovadas no parlamento [regional] do que todos os outros
deputados juntos, todos os outros partidos juntos".
Por
isso, se a CDU tiver "mais votos e mais eleitos isso significa mais
trabalho a favor do povo e das populações, dos trabalhadores, de certeza",
assegurou.
À
agência Lusa, o cabeça de lista da coligação apontou, num balanço à forma como
decorreu esta campanha, que "o grande problema" tem sido alertar as
pessoas para não se enganarem na hora de colocar a cruz no boletim de voto.
"Esse
alerta, para as pessoas querendo votar CDU, não se enganem e procurem bem onde
está o girassol junto da foice e do martelo é fundamental porque há gente que
pode ser induzida em erro", salientou Edgar Silva aludindo à confusão que
possa acontecer entre os símbolos da CDU e do PCTP/MRPP.
O
cabeça de lista e coordenador regional do PCP na Madeira, opinou ainda que,
depois de duas semanas de campanha eleitoral, ficou com "a ideia que cada
vez mais as pessoas estão a ficar esclarecidas".
No
decorrer da arruada, Edgar Silva também comprou uma flor de pano por cinco
euros, dinheiro destinado a ajudar na alimentação das crianças.
Nas
últimas eleições legislativas regionais, em 2011, a CDU foi a quinta força,
obtendo 5.546 votos (3,7%), mantendo o seu deputado no parlamento da Madeira.
Às
eleições legislativas antecipadas na Madeira, que foram convocadas pelo
Presidente da República para o próximo domingo, concorrem 11 forças políticas,
sendo oito partidos (PSD, CDS, JPP, BE, PND, PCTP/MRPP, PNR e MAS) e três
coligações - Mudança (PS/PTP/MPT/PAN), CDU (PCP/PEV) e Plataforma de Cidadãos
'Nós Conseguimos' (PPM/PDA).
Lusa,
em Notícias ao Minuto
PCP. Passos
na Madeira seria "grande estorvo e incomódo" para PSD/M
O
secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) disse hoje que a
participação do líder nacional do PSD, Pedro Passos Coelho, na campanha das
eleições madeirenses seria um "grande estorvo e um grande incómodo"
para os sociais-democratas desta região.
"A
presença de Passos Coelho era um grande estorvo, um grande incómodo e esta foi
a razão objetiva porque não veio" à Madeira durante a campanha das
eleições regionais do próximo domingo, afirmou Jerónimo de Sousa no decorrer de
uma arruada que a candidatura da CDU efetuou na baixa do Funchal.
Segundo
o dirigente comunista, que é o único líder nacional que se deslocou duas vezes
à Madeira em campanha eleitoral, tendo marcado presença no arranque e hoje, no
encerramento, a ausência do também primeiro-ministro português acontece porque
Passos Coelho "teria dificuldades em explicar ao povo madeirense as razões
desta dupla penalização que resultou do pacto de agressão para a região".
O
responsável do PCP adiantou que o candidato do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque,
"também teria grandes dificuldades em mostrar Passos Coelho
ao povo da região da Madeira, ele que diz que quer a mudança, quer a
renovação".
Jerónimo
de Sousa sublinhou que estar mais uma vez na Madeira em campanha "é mais
do que uma presença solidária", argumentando que esta força política tem
"uma só cara, uma só palavra, com a mesma posição na Assembleia da
República e na Assembleia Legislativa da Madeira, com uma política de
verdade".
O
dirigente do PCP referiu ainda que o "problema [do partido] com Alberto
João Jardim [que teceu duras criticas aos comunistas] não eram as suas
'bocarras', era a política de direita que realizava".
Para
Jerónimo de Sousa, a questão agora é "saber se mudam os atores e também a
política" na Madeira com a sua saída, declarando: "Temos dúvidas em
relação a essa matéria".
Na
sua opinião, "uma mudança de caras não é suficiente", pois esta
"região precisa de outra coisa, precisa de mudança de política no sentido
de mais solidariedade social, mais desenvolvimento económico, mais crescimento,
melhor repartição da riqueza e essa é a grande questão que está colocada".
O
líder comunista recorreu ainda a um ditado popular - "não se pode querer
sol na eira e chuva no nabal" -- para criticar aqueles partidos que
assumem posições diferentes nos assuntos, dependendo do facto de estar a ser
tratado em Lisboa ou na região.
"Com
o reforço, o aumento da sua [CDU] representação são mais vozes amigas também na
assembleia regional", concluiu.
Na
arruada de encerramento da campanha eleitoral da CDU, os ativistas desta força
política concentraram-se na porta do mercado do Funchal, percorreram uma das
principais ruas comerciais da cidade, a Fernão de Ornelas, passaram na Sé e
terminaram o percurso no topo da João Tavira.
Jerónimo
de Sousa e o cabeça de lista, Edgar Silva, acompanhados pela deputada de Os
Verdes Manuela Cunha e por dezenas de apoiantes ofereceram cravos vermelhos, um
dos quais a uma florista na zona da Sé, e cumprimentaram os populares e os
comerciantes.
Às
eleições legislativas antecipadas na Madeira, que foram convocadas pelo
Presidente da República para o próximo domingo, concorrem 11 forças políticas,
sendo oito partidos (PSD, CDS, JPP, BE, PND, PCTP/MRPP, PNR e MAS) e três coligações
- Mudança (PS/PTP/MPT/PAN), CDU (PCP/PEV) e Plataforma de Cidadãos 'Nós
Conseguimos' (PPM/PDA).
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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