Cabo
Verde é o segundo país a nível mundial com o maior número de ministras em 2015
e o primeiro entre os países lusófonos, segundo o relatório da União
Interparlamentar (UIP), divulgado hoje em Genebra.
Folha
8 (ao)
Anível
mundial, 30 países contabilizam pelo menos 30% de mulheres ministras, sendo que
a Finlândia (62,5%), Cabo Verde (52,9%), Suécia (52,2%) ocupam os três
primeiros lugares.
Até
Janeiro de 2015, entre os 17 ministérios do Governo de Cabo Verde, 9 eram dirigidos
por mulheres, de acordo com a UIP.
Na
Finlândia, 10 dos 16 cargos de ministro são ocupados por mulheres, enquanto a
Suécia contabiliza 12 ministras em 23 ministérios.
Nos
países de língua oficial portuguesa, a Cabo Verde seguem-se Guiné-Bissau, Moçambique,
Portugal, Angola, Brasil, Timor-Leste, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe.
A
18ª posição no ‘ranking’ é ocupada pela Guiné-Bissau com 31,9% de ministras,
sendo 5 ministérios em 16 dirigidos por mulheres.
Portugal
e Moçambique ocupam a 24ª posição, com 28,9% de mulheres representadas nos
ministérios. Portugal contabiliza quatro ministras entre 14 ministérios,
enquanto Moçambique tem oito ministras e 20 ministros.
Angola
está no 37° lugar da classificação mundial, o número de ministras é de oito para
36 postos de ministros, correspondendo a uma percentagem de 22,2%.
Já
o Brasil, está na 52° posição, com 15,4% de mulheres representadas em 2015, o
que corresponde a seis ministras entre 39 ministérios.
Segue-se
Timor-Leste, no 62° lugar, com 12,5% de mulheres ministras, o equivale a 2
ministras para 16 ministérios.
A
Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe ocupam respectivamente o 73º lugar, com
8,7% de mulheres ministras, e o 76º lugar, com 7,7%.
A
Guiné Equatorial, que integrou recentemente a Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), contabiliza quatro mulheres ministras para 46 ministérios.
São
Tomé e Príncipe tem uma ministra entre 13 ministérios.
A
UIP destaca também que, a nível regional, Cabo Verde é o país de África com
maior número de ministras, seguido pela África do Sul, com 41,7% e o Ruanda com
35,5%.
A
nível mundial, 30 países contabilizam pelo menos 30% de mulheres ministras em
2015, contra 36 países no ano precedente.
Segundo
o relatório, as mulheres assumem geralmente pastas relacionadas com assuntos
sociais, educação, família e assuntos femininos.
No
mundo, há 19 mulheres presidentes, o maior número registado até hoje, e 15,8%
de mulheres ocupam o cargo de presidente de parlamento.
O
relatório referencia a nível mundial o número de mulheres ministras até dia 01
de Janeiro de 2015.
A
directora da organização ONU mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, apelou a mais
compromissos e novos investimentos no quadro do programa de Pequim para a
emancipação das mulheres, adoptado em 1995.
“Se
os dirigentes actuais se concentrarem na igualdade dos sexos, se começarem a
cumprir as promessas feitas há 20 anos, a igualdade entre homens e mulheres
poderá ser uma realidade em 2030″, disse a directora, citada em comunicado.
A
UIP agrupa 166 membros e 10 membros associados, foi criada em 1889, tendo a sua
sede em Genebra, Suíça.
Foto:
A presidente do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV),
Janira Hopffer Almada.
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