Tiago
Mota Saraiva – jornal i, opinião
Em
quatro anos livrámo-nos de 400 mil empecilhos, na sua maioria jovens sem visão
empreendedora, que andavam para aí a perorar por trabalho e a viver à conta de
subsídios. 25% dos imbecis que ficaram vivem abaixo da pobreza.
Disponibilizámos 12 000 000€ a todos os bancos, demos 7 000 000€ ao BPN
(preparamo-nos para dar muito mais ao BES) e comprometemo-nos a pagar pela
"ajuda" da troika 35 000 000€. Criámos um regime fiscal especial para
quem fugiu ao fisco poder regularizar a situação sem qualquer pena e pagando menos
do que qualquer outro cidadão ou empresa que tenha pago os seus impostos a
tempo e horas. Nos últimos sete anos duplicámos a dívida pública portuguesa,
passando dos 68,4% de 2007 para os 131,4% do terceiro trimestre de 2014, e
continuamos a pagá-la, o que nos faz ser muito interessantes para os
especuladores dos mercados internacionais. Com os cortes conseguimos diminuir
30% dos rendimentos dos inúteis funcionários públicos e pensionistas. O número
de desempregados aumentou mas pagamos menos subsídio. A estrutura produtiva do
país continua a virar-se para servir o turista...
Tudo
isto e o sangue derramado nas ruas é dos que se suicidam em silêncio, dos que
desesperam uns com os outros ou dos que morrem à espera de atendimento nos
hospitais em ruptura.
Entretanto , em Outubro, o arco do poder prepara-se para
manter o poder mudando, ou talvez não, de marca.
O
país está melhor. Cada vez melhor!
Escreve
à segunda-feira
*Há
frases que, ditas publicamente, deviam merecer que os declarantes fossem automaticamente
obrigados a verificá-lo activamente, isto é, quem declara que o salário mínimo
nacional dá para viver passaria a auferi-lo, quem declara que a emigração é uma
oportunidade seria colocado no próximo voo para a China, quem declara que o
país está melhor passaria a viver com o rendimento médio de uma família de
classe média.
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