domingo, 19 de abril de 2015

PCP diz que Governo e PS "não disseram tudo" e deixa "porta aberta" a Sampaio da Nóvoa




PCP Governo e PS "não disseram tudo" sobre programa de estabilidade

O secretário-geral do PCP defendeu hoje que o Programa de Estabilidade anunciado pelo Governo é uma "versão ainda condicionada na sua brutalidade pelas eleições", argumentando que tanto o executivo como o PS "não disseram tudo".

No encerramento da VIII Assembleia da Organização Regional de Lisboa do PCP, no Fórum Lisboa, Jerónimo de Sousa atacou o Governo pelo anunciado Programa de Estabilidade e Plano Nacional de Reformas, mas também o PS que, acusou, tenta passar "entre os pingos da chuva".

"O que agora o Governo apresentou e anunciou é a versão ainda condicionada na sua brutalidade pelas eleições que estão à porta. Por isso não disseram tudo", afirmou o líder comunista.

Para Jerónimo de Sousa, o executivo não disse que tem "um plano para continuar a sua ofensiva de imposição da lei da selva no trabalho, em concertação com a União Europeia e o FMI" e que "a reforma da Segurança Social para a qual apelam ao consenso dos partidos da 'troika' é para liquidar a Segurança Social pública e esmagar de forma brutal o valor das pensões e das reformas".

"Não disse o Governo e não disseram outros. Não disse o PS, que tenta passar entre os pingos da chuva, mantendo a sua vinculação às orientações e instrumentos de submissão da governação económica da União Europeia e do euro e com as quais não querem romper", acusou.

O líder do PCP disse que os socialistas querem apresentar "a solução da quadratura do círculo que estava por inventar" quando "dizem que pretendem cumprir à risca as regras da dívida e do défice previstos no pacto orçamental até 2019, mas sem austeridade, com uma reforma do Estado sem cortes, com muito crescimento".

"O PS não pode manter o equívoco. Não pode querer sol na eira e chuva no nabal", sublinhou.

Para o PCP, não há saída "para uma vida digna" sem "rutura com as regras do tratado orçamental e do euro, sem renegociar a dívida, sem uma nova política, patriótica e de esquerda".

Sem estes pressupostos, argumentou Jerónimo de Sousa, esperam-se "mais ataques às reformas e às pensões, mais ataques aos salários, mais ataques à segurança social, mais ataques à saúde, à educação, mais ataques à legislação nacional, mais venda do país ao desbarato".

Na área da saúde, o secretário-geral comunista referiu-se à reportagem da TVI sobre as condições nos hospitais e nas urgências, apontando-a como um exemplo da "degradação da vida coletiva".

A próxima Assembleia da Organização Regional de Lisboa realiza-se dentro de quatro anos e até lá foi fixada uma meta de recrutamentos para o PCP de "mil operários e outros trabalhadores".

Lusa, em Notícias ao Minuto

Presidenciais. PCP deixa 'porta aberta' a Sampaio da Nóvoa

Partido Comunista Português está disposto a desistir de uma candidatura própria se Sampaio da Nóvoa tiver possibilidades de vencer as eleições presidenciais.

A candidatura de Sampaio da Nóvoa será apresentada no próximo dia 29 em Lisboa, mas os bastidores já mexem.

De acordo com o Expresso, o antigo reitor da Universidade de Lisboa tem conversado com todos os partidos à esquerda e nenhum lhe virou as costas, embora nenhum tenha assegurado apoio.

No que diz respeito ao PCP, um alto dirigente do partido assegurou ao Expresso que os comunistas “nunca contribuirão para uma vitória da direita” e, por isso, não fecham a porta a Sampaio da Nóvoa.

Além dos partidos, o candidato a Belém tem conversado também com ex-Presidentes da República. O objetivo, diz o Expresso, é o de conseguir um apoio alargado na ala esquerda da política nacional.

Da parte dos partidos, ainda nenhum se quis comprometer até porque todos consideram as eleições legislativas uma prioridade na lista de preocupações.

Notícias ao Minuto

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