PCP Governo
e PS "não disseram tudo" sobre programa de estabilidade
O
secretário-geral do PCP defendeu hoje que o Programa de Estabilidade anunciado
pelo Governo é uma "versão ainda condicionada na sua brutalidade pelas
eleições", argumentando que tanto o executivo como o PS "não disseram
tudo".
No
encerramento da VIII Assembleia da Organização Regional de Lisboa do PCP, no
Fórum Lisboa, Jerónimo de Sousa atacou o Governo pelo anunciado Programa de
Estabilidade e Plano Nacional de Reformas, mas também o PS que, acusou, tenta
passar "entre os pingos da chuva".
"O
que agora o Governo apresentou e anunciou é a versão ainda condicionada na sua
brutalidade pelas eleições que estão à porta. Por isso não disseram tudo",
afirmou o líder comunista.
Para
Jerónimo de Sousa, o executivo não disse que tem "um plano para continuar
a sua ofensiva de imposição da lei da selva no trabalho, em concertação com a
União Europeia e o FMI" e que "a reforma da Segurança Social para a
qual apelam ao consenso dos partidos da 'troika' é para liquidar a Segurança
Social pública e esmagar de forma brutal o valor das pensões e das
reformas".
"Não
disse o Governo e não disseram outros. Não disse o PS, que tenta passar entre
os pingos da chuva, mantendo a sua vinculação às orientações e instrumentos de
submissão da governação económica da União Europeia e do euro e com as quais
não querem romper", acusou.
O
líder do PCP disse que os socialistas querem apresentar "a solução da
quadratura do círculo que estava por inventar" quando "dizem que
pretendem cumprir à risca as regras da dívida e do défice previstos no pacto
orçamental até 2019, mas sem austeridade, com uma reforma do Estado sem cortes,
com muito crescimento".
"O
PS não pode manter o equívoco. Não pode querer sol na eira e chuva no
nabal", sublinhou.
Para
o PCP, não há saída "para uma vida digna" sem "rutura com as
regras do tratado orçamental e do euro, sem renegociar a dívida, sem uma nova
política, patriótica e de esquerda".
Sem
estes pressupostos, argumentou Jerónimo de Sousa, esperam-se "mais ataques
às reformas e às pensões, mais ataques aos salários, mais ataques à segurança
social, mais ataques à saúde, à educação, mais ataques à legislação nacional,
mais venda do país ao desbarato".
Na
área da saúde, o secretário-geral comunista referiu-se à reportagem da TVI
sobre as condições nos hospitais e nas urgências, apontando-a como um exemplo
da "degradação da vida coletiva".
A
próxima Assembleia da Organização Regional de Lisboa realiza-se dentro de
quatro anos e até lá foi fixada uma meta de recrutamentos para o PCP de
"mil operários e outros trabalhadores".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Presidenciais. PCP
deixa 'porta aberta' a Sampaio da Nóvoa
Partido
Comunista Português está disposto a desistir de uma candidatura própria se
Sampaio da Nóvoa tiver possibilidades de vencer as eleições presidenciais.
A
candidatura de Sampaio da Nóvoa será apresentada no próximo dia 29 em Lisboa,
mas os bastidores já mexem.
De
acordo com o Expresso, o antigo reitor da Universidade de Lisboa tem conversado
com todos os partidos à esquerda e nenhum lhe virou as costas, embora nenhum
tenha assegurado apoio.
No
que diz respeito ao PCP, um alto dirigente do partido assegurou ao Expresso que
os comunistas “nunca contribuirão para uma vitória da direita” e, por isso, não
fecham a porta a Sampaio da Nóvoa.
Além
dos partidos, o candidato a Belém tem conversado também com ex-Presidentes da
República. O objetivo, diz o Expresso, é o de conseguir um apoio alargado na
ala esquerda da política nacional.
Da
parte dos partidos, ainda nenhum se quis comprometer até porque todos
consideram as eleições legislativas uma prioridade na lista de preocupações.
Notícias
ao Minuto
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