segunda-feira, 20 de abril de 2015

XENOFOBIA NA ÁFRICA DO SUL NÃO ATINGE ANGOLANOS




Georges Chikoti confirmou que até ao momento não houve ocorrências envolvendo cidadãos nacionais.

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, disse hoje em Jacarta que não há registo de perseguições a angolanos na África do Sul, onde a violência xenófoba dos últimos dias fez pelo menos sete mortos.

“Até ao momento em que parti de Luanda e ainda hoje não recebi uma preocupação específica. (…) A nossa embaixada está atenta e temos um consulado em Durban, que também está a olhar para este caso”, afirmou.

O governante respondia aos jornalistas à margem das reuniões ministeriais que ocorrem na capital indonésia para preparar a cimeira de comemoração do 60.º aniversário da Conferência Ásia-África, em Bandung, em 1955, e do 10.º aniversário da Nova Parceria Estratégica Ásia-África.

Numa altura em que “alguns países movimentaram os seus cidadãos”, Angola só irá analisar alguma tomada de posição se houver “angolanos que estejam a ser perseguidos”, referiu.

“Mas nós queremos esperar que o Governo da África do Sul possa desenvolver a capacidade de garantir a segurança dos cidadãos estrangeiros”, acrescentou o chefe da diplomacia angolana.

A ministra dos Negócios Estrangeiros sul-africana, Maite Nkoana-Mashabane, disse hoje a Georges Chikoti que o esforço do seu governo “vai no sentido de garantir a segurança de todos os cidadãos que estão na África do Sul”.

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, cancelou a sua participação na cimeira na Indonésia “para se ocupar de problemas domésticos” relacionados com a violência contra estrangeiros no país, de acordo com uma informação do gabinete do chefe de Estado divulgada no sábado.

A violência xenófoba já provocou a morte a três moçambicanos e cerca de 600 já pediram ajuda para sair do país.

Lusa, em Rede Angola

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