quinta-feira, 28 de maio de 2015

Cabo Verde. TACV ESTÁ A AFRONTAR OS CABOVERDIANOS – Nelson Brito




O deputado Nelson Brito (MpD para São Nicolau) considera os recentes aumentos tarifários da TACV como uma autêntica “afronta aos cabo-verdianos”. Acusou o PCA da empresa, João Pereira e Silva, de ter subido unilateralmente as tarifas por ter as costas quentes tanto do Governo como do partido que o sustenta (PAICV). Criticou apontando a nomeação de Pereira como mais um caso de "jobs for the boys".

O deputado Nelson Brito considerou na sua intervenção enquanto discursava esta quarta feira, no período antes da ordem do dia, que a empresa de Transporte Aéreos de Cabo Verde (TACV) só aumentou os preços das passagens porque tem a cobertura do Governo e do partido que sustenta o poder (PAICV). Acusou directamente o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da TACV, João Pereira e Silva, de ter as costas largas por ter sido o mandatário nacional no recente processo de candidatura de Janira Hopffer Almada à liderança do PAICV e por ser desta um dos principais conselheiros.

“Caso contrário, como se explica o silêncio do Governo nesta trapalhada”, questionou lembrando que a Agência de Aviação Civil (regulador) considera ilegal a subida dos preços nos moldes em que foi feita e de ter mandado publicamente a retirado dos aumentos. Este é mais um caso dos “jobs for the boys” criticou a nomeação de Pereira a PCA da TACV. Apontou neste sentido os resultados negativos da TACV (3,2 milhões de contos em 2012 e 1,3 em 2013) – dinheiro dos cabo-verdianos lembrou, sublinhando os riscos de falência da companhia.

“Vai ser uma afronta aos cabo-verdianos neste verão” defendeu Brito lamentado o preço das passagens internacionais para os Estados Unidos e Europa “a custar bem acima dos 100 contos”. Dificulta as viagens em família, a indústria do turismo e toda a nossa economia, lamentou.

Acusou ainda a companhia de bandeira de ter aumentado os preços onde detém o monopólio mas que nas linhas onde tem concorrência (Portugal por exemplo) manteve o preçário e ainda faz promoções. Isto, com a agravante de ser em plena época alta. Incriminou por conseguinte a TACV de estar a abusar da sua situação de monopólio e carregar sobre o povo. Estranhou igualmente a redução da bagagem permitida aos passageiros em voos nacionais de 20 para 15 quilos.

Sanny Fonseca – A Semana (cv)

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