O
Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, repudiou hoje em Maputo o envolvimento de
agentes da polícia moçambicana em atos criminais, incluindo assassínios, considerando
que essa conduta "tira sono" à sociedade.
"Tiram-nos
sono notícias de agentes policiais que engrossam o crime, quando agentes da
polícia são apanhados em redes de contrabando de cornos de rinoceronte e
marfim, bem como no tráfico de droga", afirmou Nyusi, falando após um
desfile da Polícia da República de Moçambique (PRM), por ocasião do 40.º aniversário
da criação da corporação.
O
chefe de Estado moçambicano manifestou preocupação com relatos de cidadãos
mortos pela polícia e casos de extorsão de turistas, apontando a criminalidade
como o principal desafio da PRM.
"Ficamos
sem sono, quando, de forma reiterada, temos informação de um polícia que atirou
a matar fora da lei, incomoda-nos quando alguns membros da nossa polícia são
acusados de contribuir para a retração de turistas pelo exagero no número de
vezes em que são interpelados, na maioria dos casos para extorsão",
sublinhou Filipe Nyusi.
O
recrutamento, seleção e treinamento, destacou Nyusi, devem ser orientados pelo
rigor, ética e profissionalismo, como forma de garantir que a corporação seja
servida por agentes comprometidos com o combate ao crime.
"É
imperioso que o recrutamento, seleção e treinamento decorram dentro do quadro
legal, a nossa polícia deve criar a confiança necessária para servir de
referência na sociedade, o que pressupões eficácia e eficiência", declarou
o chefe de Estado moçambicano.
Ainda
no âmbito das festividades dos 40 anos da PRM, o Presidente moçambicano recebeu
em audiência responsáveis da polícia da Comunidade de Desenvolvimento da África
Austral (SADC), tendo apelado para a cooperação regional para o combate à
criminalidade transfronteiriça.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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