terça-feira, 23 de junho de 2015

Moçambicano detido na posse de 46 armas AK47 alegando serem da Renamo




MAPUTO, 23 Jun (AIM) Um cidadão, identificado apenas pelo nome de Carlitos, foi detido, no distrito de Cheringoma, província central de Sofala, na posse de 46 armas do tipo AK47, alegando serem da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, que possui ainda forças residuais.

Falando durante a habitual conferência de imprensa semanal da Polícia moçambicana (PRM), o Porta-Voz do Comando Geral, Pedro Cossa, explicou hoje que o cidadão pretendia vendê-las no valor de cinco mil meticais cada (o dólar equivale à 30 meticais ao câmbio corrente).

Segundo este, as armas pertencem à Renamo e ele diz que pretendia vender a cinco mil meticais cada, explicou o Porta-voz, sem dar mais detalhes.

A detenção deste cidadão acontece semanas depois de anúncio de
confrontações em Tete. As mesmas tiveram o mesmo palco, a província central de Tete, porém, com duas versões.

Na semana passada, a Renamo, através do seu porta-voz, António Muchanga, afirmou que os seus homens foram atacados pelas forças governamentais, enquanto o Porta-voz da Polícia, Pedro Cossa, disse que os agentes da PRM foram atacados por homens armados não identificados.

Cossa, na altura, não assumiu que os ataques à corporação foram protagonizados, realmente, por homens residuais da Renamo. Ele, insistentemente, disse que eram apenas homens armados não identificados.

As confrontações culminaram, segundo a Polícia, com a morte de um agente da corporação e o ferimento de um outro. Enquanto Muchanga disse que houve baixas de alguns homens da Renamo sem especificar, exactamente, a quantidade.

Enquanto isso, no Centro de Conferência Joaquim Chissano (CCJC), as delegações do Governo e da Renamo ainda divergem no segundo ponto da agenda relacionado com Questões Militares que preconizam a desmilitarização dos homens da Renamo e a sua, posterior, reintegração socio-ecónomico.

Na tentativa de desmilitarizar a Renamo, o Governo aceitou a proposta do partido liderado por Afonso Dhlakama, de trazer, ao país, observadores militares internacionais que iriam assistir o processo de cessação das hostilidades e desmilitarização dos seus homens residuais.

Entretanto, a Equipa Militar de Observação da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM)
falhou a missão e, consequentemente, os representantes da mesma, provenientes da África do Sul, Cabo-Verde, Grã-Bretanha, Itália, Portugal, Quénia, e Zimbabwe, regressaram aos países de origem.

Os mediadores nacionais do diálogo defendem que esta missão falhou devido a ausência de
matéria-prima que contribuiriam para a desmilitarização e reintegração social dos homens residuais daquele partido.

(AIM) ht/dt

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