Personalidades
das áreas da política, artes, cultura e académicos estão a recolher assinaturas
para um referendo ao Acordo Ortográfico (AO1990) e querem questionar sobre a
matéria os candidatos a cargos políticos nas próximas eleições.
De
acordo com um comunicado dos promotores da iniciativa de referendo ao Acordo
Ortográfico de 1990 pretende-se permitir que "finalmente os cidadãos se
pronunciem sobre um assunto que sempre foi decidido e imposto sem a sua
participação".
Os
mandatários da iniciativa de referendo, diz-se no comunicado, incluem figuras
públicas da área política, do meio científico e académico, artístico e
literário.
Nela
(iniciativa) estão nomes como António Arnaut ou Manuel Alegre (PS), Pacheco
Pereira ou Manuela Ferreira Leite (PSD), Bagão Félix ou Lobo Xavier (CDS-PP), o
realizador de cinema António-Pedro Vasconcelos, o escritor Miguel Sousa
Tavares, o maestro António Victorino d´Almeida ou o músico Pedro Abrunhosa.
Da
lista fazem parte também escritores, professores e cientistas, todos juntos
numa iniciativa que "nasceu" em abril passado num fórum realizado na
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com o título "Pela Língua
Portuguesa, diga NÃO ao Acordo Ortográfico de 1990".
Além
do referendo, os promotores querem também perguntar às forças políticas e aos
candidatos presidenciais o que pensam sobre o Acordo, se o utilizarão no
exercício do cargo caso sejam eleitos, de que forma Portugal se deve de
desvincular (se for o caso) e em que sentido votarão a iniciativa de referendo
na Assembleia da República.
A
iniciativa (em https://referendoao90.wordpress.com), tem 52 mandatários.
O
referendo, segundo a Constituição (artigo 115.º - 2) pode resultar de
iniciativa de cidadãos dirigida à Assembleia da República. São necessárias
75.000 assinaturas.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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