O
primeiro-vice Presidente da Assembleia Nacional Popular, Inácio Correia,
denunciou na passada terça-feira, a existência de um plano no seio do Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para derrubar o governo
de Domingos Simões Pereira. Inácio Correia que igualmente é um dos dirigentes
do partido libertador (PAIGC), falava durante o período de antes da ordem do
dia da sessão parlamentar e na qual apresentou uma carta da estratégia montada
para o efeito.
O
deputado mencionou oito pontos constados na “carta da estratégia montada” para
o derrube do governo que são: a possibilidade da queda iminente do Governo; a
necessidade de criar uma solução estável e credível para relançar o país; a
criação de uma plataforma ainda no seio do PAIGC que irá suportar o próximo
governo; a necessidade de refazer a política de aliança de pós-Cacheu; a
incorporação no Governo de pessoas isentas de quaisquer suspeitas; a criação de
um governo que consiga satisfazer todos os grupos; criar um governo de unidade
nacional e o último ponto é a escolha de uma personalidade para chefiar o
Governo que seja da confiança de Presidente da República.
Após
a denúncia do deputado do PAIGC, o presidente da Assembleia Nacional Popular,
Cipriano Cassamá disse na sua intervenção que o “governo está em perigo e
praticamente numa queda eminente”. Acrescentou no entanto que, no momento a
queda do governo não é a solução viável para o país.
O
responsável do parlamento guineense pediu aos deputados que não sejam
coniventes com ninguém no país a não ser do que seja do interesse do povo.
Pois, no seu entender o que é mais necessário é que haja a paz e
estabilidade no país.
Lamentou
ainda a situação do país, tendo afirmado que está com muita pena de alguns
dirigentes do país, envolvidos num plano de vergonha e que só entristece os
guineenses. Sublinhou neste particular que há muitas saídas airosas por meios
de diálogo e entendimento que podem evitar a queda do governo, porque a queda
do executivo não é uma solução benéfica para o país neste preciso momento.
O
Democrata (gb)
Na
foto: Domingos Simões Pereira, atual primeiro-ministro
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