segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Fotógrafo de Hong Kong autorizado a sair da Tailândia, mas ainda enfrenta acusação




Banguecoque, 07 set (Lusa) -- Um tribunal tailandês decidiu que um fotógrafo de Hong Kong, que foi detido por levar um colete à prova de bala e capacete, pode sair do país, embora ainda possa enfrentar cinco anos de prisão.

Anthony Kwan Hok-chun, que trabalha para o grupo de media Initium, sedeado em Hong Kong, foi detido pela polícia a 23 de agosto, depois de tentar partir do aeroporto de Suvarnabhumi.

O fotógrafo deslocou-se à Tailândia para fazer a cobertura do atentado à bomba num templo em Banguecoque, que causou duas dezenas de mortos e cerca de 120 feridos, tendo levou equipamento de proteção pessoal como precaução para o trabalho.

Anthony Kwan Hok-chun foi detido quando tentava sair do país por ter um colete à prova de balas e um capacete na bagagem de mão e foi libertado dois dias mais tarde, mas proibido de abandonar o país.

Ambos os objetos estão classificados como armas pela lei tailandesa e Kwan foi acusado de violar a Lei de Controlo de Armas do país.

Numa audição esta manhã no tribunal provincial de Samut Prakhan, o fotojornalista recuperou o seu passaporte e recebeu autorização para sair do país, segundo declarações do jornalista e do seu advogado à AFP.

Contudo, as acusações não foram retiradas e ele deve voltar para uma próxima audiência a 17 de setembro.

O fotógrafo disse à AFP que ainda não sabia se ia sair da Tailândia: "Não tenho planos por agora. Preciso de discutir com o meu advogado e empresa".

O seu advogado, Sirikan Charoensiri, confirmou a decisão do tribunal.  
     
A classificação, por parte das autoridades tailandesas, de equipamento de proteção comum como armas que requerem licença tem sido criticada por grupos de media, que dizem que esse tipo de precaução é vital num país onde a violência política está constantemente nas ruas.

FV // VM

Sem comentários:

Mais lidas da semana