Banguecoque,
07 set (Lusa) -- Um tribunal tailandês decidiu que um fotógrafo de Hong Kong,
que foi detido por levar um colete à prova de bala e capacete, pode sair do
país, embora ainda possa enfrentar cinco anos de prisão.
Anthony
Kwan Hok-chun, que trabalha para o grupo de media Initium, sedeado em Hong
Kong, foi detido pela polícia a 23 de agosto, depois de tentar partir do
aeroporto de Suvarnabhumi.
O
fotógrafo deslocou-se à Tailândia para fazer a cobertura do atentado à bomba
num templo em Banguecoque, que causou duas dezenas de mortos e cerca de 120
feridos, tendo levou equipamento de proteção pessoal como precaução para o
trabalho.
Anthony
Kwan Hok-chun foi detido quando tentava sair do país por ter um colete à prova
de balas e um capacete na bagagem de mão e foi libertado dois dias mais tarde,
mas proibido de abandonar o país.
Ambos
os objetos estão classificados como armas pela lei tailandesa e Kwan foi
acusado de violar a Lei de Controlo de Armas do país.
Numa
audição esta manhã no tribunal provincial de Samut Prakhan, o fotojornalista
recuperou o seu passaporte e recebeu autorização para sair do país, segundo
declarações do jornalista e do seu advogado à AFP.
Contudo,
as acusações não foram retiradas e ele deve voltar para uma próxima audiência a
17 de setembro.
O
fotógrafo disse à AFP que ainda não sabia se ia sair da Tailândia: "Não
tenho planos por agora. Preciso de discutir com o meu advogado e empresa".
O
seu advogado, Sirikan Charoensiri, confirmou a decisão do tribunal.
A
classificação, por parte das autoridades tailandesas, de equipamento de
proteção comum como armas que requerem licença tem sido criticada por grupos de
media, que dizem que esse tipo de precaução é vital num país onde a violência
política está constantemente nas ruas.
FV
// VM
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