O
novo primeiro-ministro (PM) da Guiné-Bissau, Carlos Correia, recebeu hoje do
seu antecessor, Domingos Simões Pereira, os dossiês de governação numa
cerimónia no Palácio do Governo em Bissau.
Correia
prometeu "dar continuidade" ao trabalho feito pelo Governo de Simões
Pereira, tarefa que não será fácil, referiu, não só pelos resultados
alcançados, mas sobretudo pelo facto de ser um exercício que não estava nos
seus planos.
Carlos
Correia, de 81 anos, recebeu de Domingos Simões Pereira o Programa do Governo,
o Orçamento Geral do Estado e os planos decorrentes da conferência de doadores
em que o país recebeu promessas de mil milhões de euros de apoios.
"Não
contava que teria, mais uma vez, que assumir funções desse nível, mas também
não podia fugir à responsabilidade", referiu Carlos Correia.
O
novo PM entende ser necessário manter "a esperança" que "o nosso
povo", tem vindo a depositar no Partido Africano da Independência da Guiné
e Cabo Verde (PAIGC).
Correia
disse contar com a colaboração de Domingos Simões Pereira e dos seus assessores
naquilo que chama de "mais um sacrifício" que irá consentir pelo seu
partido e pelo país.
O
primeiro-ministro cessante afirmou estar disponível para apoiar o novo PM
"no lugar e na qualidade" que aquele entender, tendo enaltecido as
qualidades do novo chefe do Governo guineense.
Segundo
referiu, Carlos Correia "é a reserva moral" na qual os guineenses se
devem rever sempre.
Domingos
Simões Pereira, presidente do PAIGC e vencedor das eleições legislativas de
2014, foi demitido a 12 de agosto pelo Presidente da República, José Mário Vaz,
também eleito no último ano pelo mesmo partido.
Carlos
Correia foi indicado para liderar o Governo na qualidade de vice-presidente do
PAIGC.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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