Jerónimo
de Sousa manter-se-á no PCP até ter condições ou até que lhe seja permitido. Em
entrevista ao jornal i, explicou as promessas para as legislativas e lançou
críticas ao PS.
Jerónimo
de Sousa, líder do Partido Comunista Português, em entrevista ao jornal i, fala
abertamente sobre as propostas do PCP para as próximas legislativas, acusando o
PS de se alinhar numa política de direita. Porém, mostra que o seu partido está
disponível para entendimento, desde que haja uma política patriota.
“Honra-nos
muito termos estado sempre do lado daqueles que sofreram (…) nos últimos quatro
anos”, “coisa que alguns não fizeram”, acusa o secretário-geral do PCP,
‘apontando o dedo’ ao Partido Socialista. O PS “desapareceu de combate. Não só
desertou como, ainda por cima, no essencial comprometeu-se com a chamada troika”,
acrescenta.
O
líder comunista acredita que os portugueses terão de escolher entre duas
opções: “a continuidade deste trabalho de ruína e desastre, que resulta da
política de direita, ou um caminho novo, rompendo com o que vem sendo
executado”.
Em
relação às ideias para o futuro, Jerónimo de Sousa revela a “necessidade de um
crescimento e desenvolvimento soberano”. Frisa que é preciso um “aumento da
produção nacional e do aparelho produtivo”, não descurando o investimento
privado, mas salvaguardando que se confunde “investimento privado com as
privatizações”.
O
PCP considera “importante a renegociação da dívida, nos seus montantes, prazos
e juros e, simultaneamente, uma moratória do serviço da dívida que liberte
meios a serem postos ao serviço deste crescimento e desenvolvimento económico”.
Jerónimo de Sousa reitera que se trata de um “processo de renegociação”,
considerando que este foi um dos grandes erros dos partidos que assinaram o
memorando com a troika.
A
saída do euro é outra das bandeiras do PCP. “Entrar no euro foi uma aventura” e
uma “saída súbita seria uma aventura”, contudo o secretário-geral do PCP crê
que há uma “grande irresponsabilidade” em não se estudar e preparar essa saída,
lembrando que a moeda foi distribuída em países “com economias muito
diferentes".
Quando
questionado sobre o seu futuro, Jerónimo de Sousa é perentório: “Estou aqui
para as curvas mas isto não é eterno”. “Por mim estou em condições de
continuar, embora com esta ideia: um dia sairei desta responsabilidade,
enquanto tiver capacidade para decidir também e para fazer esse juízo de
valor”, conclui.
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