O
secretário-geral do PCP acusou hoje a coligação PSD/CDS-PP e o PS de quererem
"pôr o conta-quilómetros a zero" para as legislativas, reforçando que
há outro caminho, com a Coligação Democrática Unitária (CDU).
Jerónimo
de Sousa discursava na abertura da 39.ª Festa do "Avante!", que
decorre até domingo na Quinta da Atalaia, no Seixal.
O
líder comunista aproveitou para anunciar que a campanha de angariação de fundos
entre militantes e simpatizantes do partido para a compra de mais sete hectares
contíguos já está a "mais de meio caminho" dos 950 mil euros,
"perfeitamente ao alcance em abril" de 2016.
O
dirigente do PCP fez um balanço trágico da última legislatura, lamentando que
"alguns" a procurem "arredar da memória para pôr o
conta-quilómetros a zero e, de novo, voltarem a enganar os portugueses".
"Num
quadro em que o Governo PSD/CDS-PP, sob a batuta da 'troika' e com o
comprometimento e a rendição do PS, provocou danos profundos na vida de milhões
de portugueses, deixando o país mais endividado, dependente do estrangeiro, com
mais desemprego, mais emigração, mais pobreza, injustiças e concentração de
riqueza nas mãos de uns quantos, o que determinou a caracterizou esta política
e este Governo não foi a austeridade, foi o aumento da exploração", disse.
O
secretário-geral do PCP recordou que "Passos Coelho, recentemente deixou
escapar o que lhe vai na alma quando afirmou que, nestas eleições, não
importaria que a maioria absoluta seja de PSD/CDS ou do PS, importaria era
salvar o prosseguimento da política que vinha a ser executada, invocando como
objetivo supremo a estabilidade governativa".
"Ao
longo dos últimos 39 anos, o que mais houve foram maiorias absolutas - do PS,
PSD, PS com CDS, PSD com CDS e até de PS com PSD. Maiorias absolutas que deram
estabilidade aos governos, mas que desestabilizaram a vida de milhões de
portugueses e conduziram o país à situação em que se encontra", declarou.
Para
Jerónimo de Sousa, em 4 de outubro, "há uma escolha entre dois
caminhos": "ou o prosseguimento do trajeto ruinoso seguido por PS,
PSD e CDS, ou um caminho novo, com o reforço da CDU para construir e realizar
uma política patriótica e de esquerda, alargando a convergência com democratas
e patriotas, alicerçada numa profunda convicção de que Portugal tem
futuro".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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