sábado, 5 de setembro de 2015

Portugal. Jerónimo acusa PSD/CDS e PS de quererem pôr "conta-quilómetros a zero"




O secretário-geral do PCP acusou hoje a coligação PSD/CDS-PP e o PS de quererem "pôr o conta-quilómetros a zero" para as legislativas, reforçando que há outro caminho, com a Coligação Democrática Unitária (CDU).

Jerónimo de Sousa discursava na abertura da 39.ª Festa do "Avante!", que decorre até domingo na Quinta da Atalaia, no Seixal.

O líder comunista aproveitou para anunciar que a campanha de angariação de fundos entre militantes e simpatizantes do partido para a compra de mais sete hectares contíguos já está a "mais de meio caminho" dos 950 mil euros, "perfeitamente ao alcance em abril" de 2016.

O dirigente do PCP fez um balanço trágico da última legislatura, lamentando que "alguns" a procurem "arredar da memória para pôr o conta-quilómetros a zero e, de novo, voltarem a enganar os portugueses".

"Num quadro em que o Governo PSD/CDS-PP, sob a batuta da 'troika' e com o comprometimento e a rendição do PS, provocou danos profundos na vida de milhões de portugueses, deixando o país mais endividado, dependente do estrangeiro, com mais desemprego, mais emigração, mais pobreza, injustiças e concentração de riqueza nas mãos de uns quantos, o que determinou a caracterizou esta política e este Governo não foi a austeridade, foi o aumento da exploração", disse.

O secretário-geral do PCP recordou que "Passos Coelho, recentemente deixou escapar o que lhe vai na alma quando afirmou que, nestas eleições, não importaria que a maioria absoluta seja de PSD/CDS ou do PS, importaria era salvar o prosseguimento da política que vinha a ser executada, invocando como objetivo supremo a estabilidade governativa".

"Ao longo dos últimos 39 anos, o que mais houve foram maiorias absolutas - do PS, PSD, PS com CDS, PSD com CDS e até de PS com PSD. Maiorias absolutas que deram estabilidade aos governos, mas que desestabilizaram a vida de milhões de portugueses e conduziram o país à situação em que se encontra", declarou.

Para Jerónimo de Sousa, em 4 de outubro, "há uma escolha entre dois caminhos": "ou o prosseguimento do trajeto ruinoso seguido por PS, PSD e CDS, ou um caminho novo, com o reforço da CDU para construir e realizar uma política patriótica e de esquerda, alargando a convergência com democratas e patriotas, alicerçada numa profunda convicção de que Portugal tem futuro".

Lusa, em Notícias ao Minuto

Sem comentários:

Mais lidas da semana