O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, vaticinou hoje que nas próximas
legislativas "não haverá maiorias absolutas para ninguém", tendo
apelado ao voto dos eleitores que em outras eleições votaram noutros partidos.
"Eles
[PS, PSD e CDS] pedem, mas sabem que não há maiorias absolutas para
ninguém", vincou Jerónimo de Sousa num comício da Coligação Democrática
Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) em Loures.
Jerónimo
de Sousa considerou também que "o país não lhes vai fazer a vontade, nem a
eles, nem a Cavaco Silva e às suas manobras e pressões para que a política de
exploração e empobrecimento prossiga, seja pela mão de PSD/CDS, seja pelo
PS".
Admitindo
partir para a batalha de dia 04 de outubro "com uma grande confiança na
possibilidade de continuar o caminho de reforço da CDU com mais votos e mais
deputados", o líder da CDU apelou ao voto e pediu confiança àqueles que
votaram noutros partidos noutras eleições.
"Cada
voto a mais na CDU, cada deputado a mais eleito pela CDU é um voto a menos e um
deputado a menos naqueles partidos que são responsáveis por esta política que
nos últimos 39 anos tem roubado direitos e rendimentos", afirmou.
Numa
intervenção que foi interrompida várias vezes com palavras de apoio e palmas, o
líder comunista referiu também o debate televisivo entre o líder da coligação
Portugal à Frente, Pedro Passos Coelho, e o líder do Partido Socialista,
António Costa.
Para
Jerónimo de Sousa, o frente-a-frente foi "uma grande encenação para dar um
fôlego à bipolarização da vida política portuguesa, e assim assegurar que a
política de direita seguirá o seu rumo sem sobressaltos".
"Uma
grande operação para vender a ideia de que a única opção seria escolher entre
Costa e Passos, escolher entre a coligação PSD/CDS e o PS", continuou,
acrescentando que a escolha é entre "dois males, sejam eles o maior ou o
menor, ou seja, colocar os portugueses perante o velho dilema de escolher entre
ficar a fritar na frigideira ou saltar para o lume".
O
secretário-geral do PCP criticou ainda que PSD e PS por quererem manter
"este rumo de exploração e dependência" e por falarem em
"plafonamento vertical para aqui, plafonamento horizontal para acolá, para
não dizerem na comum linguagem de todos os mortais, que as suas propostas, as
de uns e de outros, são para cortar nas reformas e pensões e fragilizar a
segurança social".
Jerónimo
de Sousa aproveitou ainda para reiterar as medidas eleitorais da CDU, que
incluem, entre outras medidas, o reforço do Serviço Nacional de Saúde, o
desenvolvimento da produção nacional, o apoio às pequenas e médias empresa, e
uma escola pública, gratuita e de qualidade.
Segundo
a organização, no comício estiveram presentes cerca de mil pessoas.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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