O
presidente da República estaria a pensar no futuro, mas também Passos discursou
como se fizesse "uma despedida triste", considera Francisco Louçã.
Francisco
Louçã considera que Cavaco Silva "discursou mais para António Costa"
do que para passos Coelho que, apesar de ter hoje sido empossado
primeiro-ministro, enfrenta uma provável moção de rejeição já no próximo mês.
"Foi um discurso mais para o Governo que vem do que para o que está", disse o antigo líder do Bloco de Esquerda ao analisar as palavras do presidente da República no seu habitual espaço de opinião na SIC Notícias.
Para
Francisco Louçã, "Cavaco discursou mais como um estadista e menos
como líder politico partidário, e foi preciso
nos conteúdos", ainda que lhe possa ser apontado "um tom
de crispação".
O
que mais "surpreendeu" o contador foi o facto de Cavaco Silva
ter incluído no seu discurso obrigações para com um "tratado que
ainda não existe - a Parceria Transatlântica".
"O
Governo é obrigado a cumprir um tratado que não existe, que o pais
não conhece e que não foi rectificado pala União Europeia",
apontou, referindo que "nenhum Estado
tem ainda oficialmente informação sobre este tratado".
Mais
do que "estranha", a menção destas obrigações transparece "uma espécie de
disciplina de Colégio Militar", condenou.
Já
o discurso de Passo Coelho "foi mais cuidadoso e aparece como
uma espécie de despedida triste".
Sobre
um ainda eventual acordo entre os três partidos à Esquerda, seria "solução
mais forte", mas ainda terão de ser discutidas "alterações às
propostas socialistas" considera Louçã.
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