“Uma
coisa é ser o mais votado nas eleições, outra coisa é conseguir formar
Governo”, indica Freitas do Amaral.
Diogo
Freitas do Amaral afirmou esta noite de quarta-feira, no programa Política
Mesmo, da TVI24, que caso o PS apresente um acordo que consiga a maioria
parlamentar, o “Presidente da República tem a obrigação constitucional de
empossar esse Governo”.
O
antigo líder do CDS ressalvou que “na noite eleitoral houve um certo truque de
prestidigitação por parte da coligação”, sustentando que “uma coisa é ser o
mais votado nas eleições, outra coisa é conseguir formar governo”.
A
coligação “conseguiu o maior número de votos nas urnas mas isso não lhe deu o
direito de governar”, indicou Freitas do Amaral, acrescentando que irá ficar na
oposição. “Não é uma situação inédita na Europa, em Portugal é, mas na Europa
não”, exclamou, relembrando que existem sete países europeus onde o líder mais
votado está na oposição.
Para
o ex-ministro a escolha é simples: ou o Presidente da República “dá posse ao
governo de António Costa ou não quer dar”.
“A
primeira opção é constitucional”, sustenta, referindo que “se há acordo entre
três partidos que têm assento na Assembleia da República para apoiar um governo
é evidente que o Presidente da República tem a obrigação de nomear esse
governo”.
Referindo
que Portugal não está preparado para um governo do PS com PCP e com o Bloco de
Esquerda, Freitas do Amaral acredita que o PS fará um governo sozinho ou com
independentes de esquerda. “O PCP e o Bloco vão apoiar mas ficando no
Parlamento”, prevê.
Sobre
a possibilidade de não empossar um governo com António Costa, o ex-ministro
adianta: “É uma possibilidade ao alcance do Presidente, se é legítima ou não,
eu diria que não”.
A
opção que resta, nessa situação, de acordo com Freitas do Amaral, é “o
Presidente da República nomear um governo de independentes e aí é legítimo”. No
entanto, “arrisca-se a chegar à Assembleia e ser rejeitado”.
Anabela
Sousa Dantas – Notícias ao Minuto
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