Passos
Coelho admitiu esta terça-feira que da reunião com António Costa nada resultou.
Se o primeiro encontro correu mal, o líder do PSD considerou que esta segunda
conversa com o secretário-geral acabou sem qualquer agendamento de voltarem a
reunir.
Na
prática, mantém-se o cenário de incógnita quanto a quem se segue na liderança
de um governo.
Passos
sublinhou que a coligação PSD/CDS-PP espera agora que o PS "faça chegar
uma contraproposta", de modo a que se possa caminhar para "um
guião" comum.
Recusando
revelar se António Costa lhe transmitiu que pretende constituir uma solução
governativa à Esquerda, com o PCP, Bloco de Esquerda e PEV, o presidente do PSD
disse que aguarda do secretário-geral diga "se há ou não há vontade
política de chegar a um entendimento".
Já
António Costa considerou que o documento enviado pela coligação para esta
reunião "não traduziu um esforço suficiente", "nem revela uma
compreensão do quadro parlamentar em que estamos".
"Tivemos
oportunidade durante a reunião de mostrar insatisfação perante o
documento", disse o líder socialista, acrescentando que deu a Passos e
Portas "17 ou 18 exemplos de lacuna", por o texto recebido ontem por
email não ter como eixo central "o emprego".
Para
Costa, PSD/CDS-PP falharam ainda ao não fornecerem "informação
indispensável ao suporte financeiro", para que se pudesse compreender o
impacto das "medidas que apresentaram". "Para avaliar da
credibilidade", sublinhou.
Centralizando
quase todas as suas palavras no documento que esteve em cima da mesa nesta
reunião, António Costa avisou que pretende ultrapassar à Esquerda "um muro
na democracia portuguesa que existe desde 1975".
O
socialista concluiu dizendo que não é o PS que foge de um acordo com a Direita,
"o tempo é que se está a encurtar". "Gostaria que o esforço que
o PS tem feito tivesse igual correspondência", disse.
Nuno
Miguel Ropio – Jornal de Notícias – Foto Hugo Correia / Reuters
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