Sérgio
Sousa Pinto demitiu-se do Secretariado do Partido Socialista. Alegadamente por
o partido estar a dar sequência ao entendimento com os partidos de esquerda com
incidência parlamentar, Bloco, PCP e Os Verdes (CDU), Sousa Pinto preferia
aliar-se à direita selvagem que tem devassado Portugal e os portugueses ao
longo destes últimos quatro anos.
Provavelmente Sousa Pinto nunca leu os
estatutos do Partido Socialista, provavelmente entrou no edifício do PS no
Largo do Rato e fez-se militante por erro geográfico e ideológico. O que ele
deveria pretender era o bairro da Lapa, um pouco mais acima do Largo do Rato, talvez na
Rua de S. Caetano, 9, em Lisboa, tivesse melhor ambiente e estivesse mais
agradado. Não tendo de se demitir de órgão de topo e de liderança por discordar
de entendimentos com Paulo Portas e o seu CDS, a direita onde o PSD se sente
como laranja operadora de espremedor de alta velocidade, que tritura o país e os
portugueses enquanto o diabo esfrega os olhos e pasma.
A
seguir a Sousa Pinto é muito provável que os que, como ele, preferem a direita
selvagem apresentem demissões sob os mesmo pretextos. Para muitos Assis está na
calha. Vera Jardim também, e outros… Ena tantos!
Tantos
que aderiram ao Partido Socialista e têm vindo a desvirtuar a razão, objetivos
e estatutos do partido, remetendo-o para o desempenho de políticas que geraram
a concupiscência de um denominado arco de corrupção a que pomposamente chamaram
arco da governação (PS-PSD-CDS). Muitos lhe chamam arco dos mafiosos – esses devem
ser os exagerados más-línguas.
Mas,
voltando a Sousa Pinto e outros correlegionários que nada têm que ver com o
Partido Socialista, nota-se que o discordante só se demitiu do Secretariado do
PS. Não se demitiu do partido. Que pena que não o tenha feito. Ele e todos
aqueles que têm vindo a transformar o PS num PSD/CDS que, obviamente, de
socialistas nada têm. Antes pelo contrário, estão mais próximos da fossa do salazar-fascismo
que perdurou em Portugal por quase 50 anos. Está bem, só que atualmente esses têm
umas máscaras modernas… Só as máscaras, se lhes permitirem que ganhem balanço
podemos dizer adeus à democracia, á justiça, á liberdade reconquistadas em 25
de Abril de 1974. E que no PS têm todo o dever de defender e aperfeiçoar. Parece
que é aquilo que António Costa está a tentar, independentemente dos Sousas
Pintos não se demitirem do partido para procederem às operações de minagem. Minagem
que pode redundar em implosão, se os militantes socialistas não se precaverem e
defenderem a vocação claramente enunciada na fundação do PS.
Leia a notícia reproduzida do Diário de Notícias.
Carlos
Tadeu / PG
Sérgio
Sousa Pinto demitiu-se do Secretariado Nacional do PS
O
deputado socialista alegou discordar da linha política do partido estabelecida
após as eleições.
O
socialista Sérgio Sousa Pinto demitiu-se este sábado do Secretariado Nacional
do PS, o órgão mais restrito de decisão dentro do partido.
Sousa
Pinto alegou discordar da linha política do partido estabelecida após as
eleições e garante que dará explicações mais detalhadas na próxima reunião da
Comissão Política Nacional do PS, marcada para terça-feira à noite.
Sousa
Pinto foi deputado na última legislatura e foi reeleito por Lisboa. O antigo
líder da Juventude Socialista presidiu à Comissão Parlamentar de Negócios
Estrangeiros.
João
Pedro Henriques – Diário de Notícias - Fotografia © Gerardo Santos / Global
Imagens
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