RFI
Os
eleitores congoleses foram neste domingo às urnas para através de um referendo
decidir, se desejam ou não que o actual presidente Denis Sassou Nguesso possa
candidatar-se à um terceiro mandato. O referendo é desaprovado pelos
opositores de Sassou Nguesso e por um sector da população congolesa, que
protestaram contra a alteração da Lei fundamental da República do Congo.
Neste
domingo os eleitores congoleses foram convocados às urnas para se pronunciar
sobre uma emenda da Constituição visando possibilitar a candidatura do vigente
chefe de Estado, Denis Sassou Nguesso, à um terceiro mandato. Em Setembro ,a
oposição congolesa que não é favorável a alteração da Lei fundamental na
matéria conseguiu reunir milhares de manifestantes para protestar contra o
projecto do actual governo de Brazzaville. Manifestações de protesto ocorreram
também na capital congolesa no dia 11 de Outubro e um apelo foi lançado ao
boicote do referendo constitucional. Neste domingo , os únicos eleitores
acolhidos por algumas mesas instaladas em várias regiões do país foram os
membros das forças de segurança presentes.
Com
71 anos de idade, Denis Sassou Nguesso, que práticamente exerceu o poder desde
1979 sem interrupção, se exceptuarmos cinco anos, não pode, em virtude da
Constituição congolesa, candidatar-se à um terceiro mandato.
Em
declarações à RFI, o investigador Eugénio Costa Almeida do Centro de Estudos
Internacionais de Lisboa, receia que o actual referendo possa resultar num novo
período de instabilidade política na República do Congo, à semelhança do que se
verificou recentemente noutros países africanos,em particular no Burundi.
AUDIO
- Eugénio Costa Almeida 25.10.2015 – no original
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