Macau,
China, 12 out (Lusa) -- As trocas comerciais entre a China e os países de
língua portuguesa caíram 24,6% até agosto, fixando-se em 67,83 mil milhões de
dólares (59,6 mil milhões de euros), indicam dados oficiais hoje divulgados.
Dados
dos Serviços de Alfândega da China, publicados no portal do Fórum Macau,
indicam que, nos primeiros oito meses do ano, a China comprou aos países de língua
portuguesa bens avaliados em 41,9 mil milhões de dólares (36,8 mil milhões de
euros) -- menos 31,2% -- e vendeu produtos no valor de 25,8 mil milhões de
dólares (22,7 mil milhões de euros), menos 10,9%.
O
Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume
das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 48,9 mil milhões de dólares
(42,9 mil milhões de euros) até agosto, menos 18,8% face ao período homólogo do
ano passado.
As
exportações da China para o Brasil atingiram 19,8 mil milhões de dólares (17,4
mil milhões de euros), traduzindo uma quebra de 12,5%, enquanto as importações
chinesas totalizaram 29,08 mil milhões de dólares (25,5 mil milhões de euros),
refletindo uma descida de 22,7% em termos anuais homólogos.
Com
Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas
comerciais caíram 43% para 14,2 mil milhões de dólares (12,5 mil milhões de
euros) até agosto.
Pequim
vendeu a Luanda produtos avaliados em 2,66 mil milhões de dólares (2,3 mil
milhões de euros) -- menos 16,1% -- e comprou mercadorias avaliadas em 11,5 mil
milhões de dólares (10,1 mil milhões de euros), ou seja, menos 46,93% do que
nos primeiros oito meses de 2014.
Já
com Portugal, terceiro parceiro da China no universo de países de língua portuguesa,
o comércio bilateral ascendeu a 3,01 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de
euros) -- menos 7,1% --, numa balança comercial favorável a Pequim que vendeu a
Lisboa bens na ordem de 1,96 mil milhões de dólares (1,72 mil milhões de euros)
-- menos 5,8% -- e comprou produtos avaliados em 1,03 mil milhões de dólares
(910,4 milhões de euros), menos 9,5% em termos anuais homólogos.
Só
em agosto, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa
cifraram-se em 9,15 mil milhões de dólares (8,04 mil milhões de euros), um
decréscimo de 13,4% face ao mês anterior.
Os
dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações
diplomáticas com Taiwan e não participar diretamente no Fórum Macau.
A
China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua
plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de
língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível
ministerial de três em três anos.
DM
// VM
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