Julgamento
prossegue com a leitura do livro de Domingos da Cruz.
“Fomos
obrigados a pedir dispensa da audiência porque achamos que o juiz da causa usou
um método de desgaste que levaria a que as sessões não terminassem nem hoje
[ontem] nem nos próximos dias. Não é aceitável que em plena audiência de
julgamento o juiz mande ler um livro por completo. A leitura do livro de
Domingos da Cruz levaria no mínimo o dia todo e não é aceitável já que não é o
livro que está a ser julgado. Quem está a ser julgado é o Domingos da Cruz e
aceitar que se leia o livro por completo é um absurdo”, afirmou ontem o
advogado ao Rede Angola.
Para
David Mendes, deviam ler-se peças processuais, pelo que considera a leitura de
quase duzentas páginas em plena audiência “uma manobra dilatória”. “Isto cansa
os advogados, cansa os réus e deixa-nos numa situação de imprevisibilidade em
relação ao tempo que o julgamento ainda levará. Deveria ser lido apenas aquilo
que o juiz achasse conveniente para questionar o réu”. Continue a ler aqui.
Os
17 acusados (15 deles detidos desde há cinco meses) estão indiciados, entre
outros crimes menores, da co-autoria material de um crime de actos
preparatórios para uma rebelião e para um atentado contra o presidente, no
âmbito de um curso de formação semanal que decorria desde Maio deste ano.
São
eles: Domingos da Cruz, Afonso Matias “Mbanza Hamza”, José Gomes Hata, Hitler
Jessia Chiconda “Samussuku”, Luaty Beirão, Inocêncio Brito, Sedrick de
Carvalho, Fernando Tomás Nicola, Nelson Dibango, Arante Kivuvu, Nuno Álvaro
Dala, Benedito Jeremias, Osvaldo Caholo, Manuel Baptista Chivonde “Nito Alves”
e Albano Evaristo Bingo.
Rede
Angola – Foto Ampe Rogério
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