domingo, 8 de novembro de 2015

ELEIÇÕES LIVRES NA BIRMÂNIA AO FIM DE 25 ANOS



Líder da oposição birmanesa, Suu Kyi, votou nas primeiras eleições livres em 25 anos

Rangum, 08 nov (Lusa) -- A líder da oposição da Birmânia, Aung San Suu Kyi, votou esta manhã (madrugada em Lisboa) em Rangum, nas eleições que poderão dar a maioria ao seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND).


Aung San Suu Kyi exerceu o seu direito de voto numa escola no centro de Rangum.
Como uma blusa vermelha e flores no cabelo, Suu Kyi foi cercada por dezenas de jornalistas no local e aclamada por apoiantes que gritavam 'vitória, vitória'.

As legislativas anteriores realizaram-se em novembro de 2010, quando a junta organizou as primeiras eleições em 20 anos. A LND boicotou o escrutínio e foi dissolvida.

Nas legislativas de maio de 1990, a LND tinha conquistado mais de 80% dos lugares, mas os militares no poder rejeitaram os resultados.

Prémio Nobel da Paz em 1991, Suu Kyi, que a junta militar manteve sob detenção durante mais de 15 anos, está impedida de se candidatar à presidência birmanesa devido a um artigo da Constituição, que exclui pessoas casadas ou com filhos estrangeiros - uma disposição que se considera visar diretamente a opositora, viúva de um britânico e com filhos de nacionalidade britânica.

O escrutínio é visto como um teste à transição democrática em curso desde da autodissolução do regime militar em 2011.

FV (EJ) //FV

Presidente da Birmânia reitera que vai respeitar resultado das urnas

Rangum, Birmânia, 08 nov (Lusa) -- O Presidente da Birmânia, Thein Sein, repetiu hoje a sua promessa de respeitar o resultado das eleições que se realizam hoje em todo o país, uma votação considerada histórica.

"Como disse no meu discurso há dias, aceitaremos a vontade dos eleitores, o que quer que ela seja", disse Thein Sein ao jornal local Irrawaddy, no centro eleitoral da capital do país, Naypyidaw, onde foi votar acompanhado da mulher.

"O mais importante para o país é que haja estabilidade e desenvolvimento", acrescentou o ex-general e primeiro-ministro da última junta militar.

Horas antes, a opositora birmanesa e Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, votou em Rangum, a antiga capital situada a cerca de 370 quilómetros a sul de Naypyidaw.

Vestida de vermelho e com as habituais flores no cabelo, Suu Kyi, escoltada por pessoal da segurança do seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (NLD, sigla em inglês), demorou uns dez minutos para votar e sair sem fazer declarações aos mais de 100 jornalistas que a esperavam.

FV //GC

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