Líder
da oposição birmanesa, Suu Kyi, votou nas primeiras eleições livres em 25 anos
Rangum,
08 nov (Lusa) -- A líder da oposição da Birmânia, Aung San Suu Kyi, votou esta
manhã (madrugada em Lisboa) em Rangum, nas eleições que poderão dar a maioria
ao seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND).
Aung
San Suu Kyi exerceu o seu direito de voto numa escola no centro de Rangum.
Como
uma blusa vermelha e flores no cabelo, Suu Kyi foi cercada por dezenas de
jornalistas no local e aclamada por apoiantes que gritavam 'vitória, vitória'.
As
legislativas anteriores realizaram-se em novembro de 2010, quando a junta
organizou as primeiras eleições em 20 anos. A LND boicotou o escrutínio e foi
dissolvida.
Nas
legislativas de maio de 1990, a LND tinha conquistado mais de 80% dos lugares,
mas os militares no poder rejeitaram os resultados.
Prémio
Nobel da Paz em 1991, Suu Kyi, que a junta militar manteve sob detenção durante
mais de 15 anos, está impedida de se candidatar à presidência birmanesa devido
a um artigo da Constituição, que exclui pessoas casadas ou com filhos
estrangeiros - uma disposição que se considera visar diretamente a opositora,
viúva de um britânico e com filhos de nacionalidade britânica.
O
escrutínio é visto como um teste à transição democrática em curso desde da
autodissolução do regime militar em 2011.
FV
(EJ) //FV
Presidente
da Birmânia reitera que vai respeitar resultado das urnas
Rangum,
Birmânia, 08 nov (Lusa) -- O Presidente da Birmânia, Thein Sein, repetiu hoje a
sua promessa de respeitar o resultado das eleições que se realizam hoje em todo
o país, uma votação considerada histórica.
"Como
disse no meu discurso há dias, aceitaremos a vontade dos eleitores, o que quer
que ela seja", disse Thein Sein ao jornal local Irrawaddy, no centro
eleitoral da capital do país, Naypyidaw, onde foi votar acompanhado da mulher.
"O
mais importante para o país é que haja estabilidade e desenvolvimento",
acrescentou o ex-general e primeiro-ministro da última junta militar.
Horas
antes, a opositora birmanesa e Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, votou em
Rangum, a antiga capital situada a cerca de 370 quilómetros a sul de Naypyidaw.
Vestida
de vermelho e com as habituais flores no cabelo, Suu Kyi, escoltada por pessoal
da segurança do seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (NLD, sigla em inglês),
demorou uns dez minutos para votar e sair sem fazer declarações aos mais de 100
jornalistas que a esperavam.
FV
//GC
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