Metro
continua encerrado, muitas lojas também. As autoridades procuram pelo menos
dois suspeitos.
Bruxelas
continua em estado de alerta,
embora sob uma calma relativa já habitual do dia de descanso semanal de muitos
estabelecimentos. As autoridades procuram pelo menos dois suspeitos, avança o
diário belga Le Soir, que poderão carregar bombas como as accionadas pelos kamikaze envolvidos nos atentados de Paris.
A ameaça prender-se-á ainda com o explosivo
que um dos dois suspeitos terá consigo, escreve o Le Soir sem avançar
fontes. “Trata-se de vários suspeitos, é por isso que pusemos a funcionar tal
concentração de meios”, disse o ministro do Interior belga ao canal televisivo
VRT.
Jan
Jambon, que tem também a pasta de vice-primeiro-ministro, frisou ainda: “Há uma
ameaça real”. Que, escreve o diário belga, “é maior do que o único
suspeito de terrorismo Salah Abdeslam” - ainda em fuga, suspeito de
envolvimento nos atentados que mataram 130 pessoas em Paris no dia 13. Abdeslam
chegou à Bélgica na manhã de dia 14 e o seu irmão, Brahim Abdeslam, fez-se
explodir junto à praça da República parisiense. Hamza Attou, um dos dois
suspeitos já acusados na Bélgica, disse à sua advogada que Abdeslam pode ter
fugido de Paris com um colete de explosivos.
Este
domingo, segundo relata a Reuters, decorre com alguma normalidade em Bruxelas.
O funcionamento da cidade parece menos afectado pelo alerta máximo, de nível 4,
instaurado sábado e que levou ao encerramento de transportes, eventos e
estabelecimentos – sendo domingo, muitos locais cumpririam já um dia de
descanso. Esta manhã celebraram-se missas nas igrejas católicas.
Ao
fim do dia, o conselho de segurança nacional belga vai reunir-se para avaliar a
situação e decidir, entre outros aspectos, se se manterá o nível de alerta
actual (o que pode obrigar a alterações mais visíveis do funcionamento da
cidade nos dias úteis).
As
ligações de Bruxelas e do município de Molenbeek aos atentados de Paris
contribuíram para que este fim-de-semana a capital belga fosse colocada em
estado de alerta. Brahim Abdeslam e outro bombista suicida dos atentados de 13
de Novembro, Bilal Hadfi, viveram na Bélgica e Salah Abdeslam regressou àquele
país depois de perpetrados os ataques na capital francesa. Um terceiro suspeito
de ligação aos ataques concertados em Paris foi detido na Bélgica horas antes
de ter sido elevado o nível de alerta para o máximo de 4 em Bruxelas. A sua
identidade não foi divulgada, mas a polícia diz que “em sua casa foram
encontradas várias armas”. Terá ainda ajudado Salah Abdeslam na fuga.
Reportagem: “É assustador, é. Mas devemos continuar”
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