domingo, 22 de novembro de 2015

Terrorismo na Europa. Bruxelas ainda sob alerta máximo procura pelo menos dois suspeitos



Metro continua encerrado, muitas lojas também. As autoridades procuram pelo menos dois suspeitos.

Bruxelas continua em estado de alerta, embora sob uma calma relativa já habitual do dia de descanso semanal de muitos estabelecimentos. As autoridades procuram pelo menos dois suspeitos, avança o diário belga Le Soir, que poderão carregar bombas como as accionadas pelos kamikaze envolvidos nos atentados de Paris.

A ameaça prender-se-á ainda com o explosivo que um dos dois suspeitos terá consigo, escreve o Le Soir sem avançar fontes. “Trata-se de vários suspeitos, é por isso que pusemos a funcionar tal concentração de meios”, disse o ministro do Interior belga ao canal televisivo VRT.

Jan Jambon, que tem também a pasta de vice-primeiro-ministro, frisou ainda: “Há uma ameaça real”. Que, escreve o diário belga, “é maior do que o único suspeito de terrorismo Salah Abdeslam” - ainda em fuga, suspeito de envolvimento nos atentados que mataram 130 pessoas em Paris no dia 13. Abdeslam chegou à Bélgica na manhã de dia 14 e o seu irmão, Brahim Abdeslam, fez-se explodir junto à praça da República parisiense. Hamza Attou, um dos dois suspeitos já acusados na Bélgica, disse à sua advogada que Abdeslam pode ter fugido de Paris com um colete de explosivos.

Este domingo, segundo relata a Reuters, decorre com alguma normalidade em Bruxelas. O funcionamento da cidade parece menos afectado pelo alerta máximo, de nível 4, instaurado sábado e que levou ao encerramento de transportes, eventos e estabelecimentos – sendo domingo, muitos locais cumpririam já um dia de descanso. Esta manhã celebraram-se missas nas igrejas católicas.

Ao fim do dia, o conselho de segurança nacional belga vai reunir-se para avaliar a situação e decidir, entre outros aspectos, se se manterá o nível de alerta actual (o que pode obrigar a alterações mais visíveis do funcionamento da cidade nos dias úteis).


As ligações de Bruxelas e do município de Molenbeek aos atentados de Paris contribuíram para que este fim-de-semana a capital belga fosse colocada em estado de alerta. Brahim Abdeslam e outro bombista suicida dos atentados de 13 de Novembro, Bilal Hadfi, viveram na Bélgica e Salah Abdeslam regressou àquele país depois de perpetrados os ataques na capital francesa. Um terceiro suspeito de ligação aos ataques concertados em Paris foi detido na Bélgica horas antes de ter sido elevado o nível de alerta para o máximo de 4 em Bruxelas. A sua identidade não foi divulgada, mas a polícia diz que “em sua casa foram encontradas várias armas”. Terá ainda ajudado Salah Abdeslam na fuga.


Público

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